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João Paulo Monteiro
A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável dará o que falar nos próximos dias.
Serão quase 200 países e milhares de pessoas envolvidas neste evento que tem um desafio e tanto pela frente: colocar alguma coisa na cabeça dos políticos, que já irão determinados a não mudar absolutamente nada! Afinal, porquê colocar a economia de seus países em risco num momento tão sensível?
É viável investir em tecnologia sustentável enquanto seus países afundam nas dívidas e entram em recesso?
O interessante é saber que mesmo contando com a participação de cientistas importantes com estudos detalhados e precisos, quem toma a decisão são pessoas que não entendem a gravidade da consequência a qual estamos prestes a sucumbir.
Os últimos 20 anos de história da Terra foram importantes? Depende muito. Se for levada em consideração a idade do planeta, vinte anos é um milésimo de segundo de um planeta na flor da idade. Em contrapartida, se levarmos em conta as consequências de um desenvolvimento desenfreadamente maléfico ao clima, sim, 20 anos é muita coisa e já houve tempo mais que suficiente para decisões sobre o futuro.
A RIO 92 nos trouxe o Protocolo de Kyoto, que sinceramente não fez tanta diferença assim, mas foi o encontro mais produtivo desde então. De lá pra cá as coisas só pioraram, tanto o clima, quanto as atividades industriais. Engana-se quem pensa que estamos diminuindo as emissões de carbono, ou que países desenvolvidos estão preocupados com os próximos 100 anos.
Diferentemente, o Brasil tem criado bastante expectativa na RIO + 20. O país é o centro das atenções. O investimento é alto - 500 milhões de reais - e é notável quão maduro o país está.
Agora é torcer para que não seja necessária futuras conferências para bater na mesma tecla e apresentar os mesmos problemas que só aumentam com o passar dos anos. Vamos torcer para que não seja necessária uma Rio+40, 60 ou 80!
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