Fiscais da Secretaria de Estado do Meio Ambiente checam denúncias de madeireiras.
Do helicóptero, carvoarias e acampamentos irregulares foram descobertos em Tailândia.
O G1 viajou para Tailândia, no Pará, para mostrar como está a situação da cidade durante a Operação Arco de Fogo, realizada na região desde 25 de fevereiro. A ação conta com integrantes da Polícia Federal, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Força Nacional de Segurança e da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema). Durante um sobrevôo na região, muitas áreas, distantes da zona urbana, foram flagradas em pleno desmatamento.
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Segundo o balanço divulgado pelo Ibama nesta quinta-feira (13), foram autuadas 13 madeireiras durante a Operação Arco de Fogo. Mais de 9,4 milhões de m³ em toras de madeira e outros 462 mil m³ de madeira beneficiada foram apreendidos. O total de multas aplicadas soma R$ 5,6 milhões desde fevereiro.
"É um absurdo o que está acontecendo. São muitas toras armazenadas entre as árvores da floresta para dificultar a localização durante os sobrevôos de helicóptero. Recebemos uma denúncia sobre essas áreas e acabamos de confirmar que a região está em pleno desmatamento", disse Eleni Cunha, coordenadora de fiscalização da Sema, que também acompanhou o sobrevôo.
A quilômetros de distância do centro de Tailândia, as áreas foram mapeadas por GPS (Sistema de Posicionamento Global) e, como são de difícel acesso, uma equipe de fiscais deve se deslocar aos locais para possíveis autuações. “É uma região cercada por rios e está alagada por conta do período de chuvas. Nem mesmo os bofetes (caminhões que transportam toras de madeira) conseguem trafegar nessa região agora. Os madeireiros vão esperar a chuva passar para retirar as toras”, afirmou Eleni.
Segundo Bruno Versiani dos Anjos, coordenador do Ibama, mais de 40% do desmatamento no Pará é destinado às carvoarias e os maiores compradores são as siderúrgicas.
Já foram destruídos 116 fornos de carvoaria nesta quarta-feira. Durante toda a ação na região, foram inutilizados mais de 800 fornos. A estimativa da Operação Arco de Fogo é de que tenha mais de 2 mil fornos irregulares na região.
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