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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Fim da COP

Mais uma conferência sobre mudanças climáticas acaba e como já previsto, nenhuma decisão realmente importante foi tomada.
Foram dias e dias de discussões embelezadas, de tecnologias apresentadas e de “glória” para alguns governantes de países desenvolvidos, que ao doarem dinheiro para nações pobres se sentiram com alguns milhares de toneladas de carbono a menos na atmosfera. Entretanto, dois pontos me chamaram atenção na COP 16:
Primeiro a quietude atípica chinesa diante do resto do mundo. No início da COP, era grande a expectativa, principalmente dos ambientalistas, em relação às prováveis decisões que tomaria o tigre asiático.
Para quem não sabe a China, em 2010, ultrapassou os Estados Unidos em emissão de gases do efeito estufa (GEE’s), nem por isso mostrou um interesse digno da atual porcentagem de crescimento do país, por volta dos 8%, para dizer que não foi tão ruim assim, seu representante, Xie Zhenhua, disse que está disposto em reduzir as emissões em até 40% até o ano de 2020, caindo em divergência, o país lança nota ao mundo dizendo na mesma semana que o países continuará crescendo e crescendo por mais ao menos duas décadas.
Como farão os chineses para reduzir suas emissões em 40%, se a taxa de crescimento continuará a mesma? A resposta seria simples... Investimento em fontes de energia menos suja como a eólica, solar ou mesmo a hidrelétrica que apesar dos sérios impactos ambientais que causam, ainda é uma alternativa sustentável se bem planejada e executada, claro. Entretanto, um problema que os chineses tem de resolver é nada mais nada menos que a sua principal fonte de energia, o carvão mineral.
Outro ponto que achei interessante é a participação do Brasil, 4º maior poluidor global, se considerarmos as queimadas que assolam algumas regiões brasileiras no período de estiagem, com essa infeliz ajuda que contribui com 75% de todas as emissões do país.
O Brasil, pelo protocolo de Kyoto, não é obrigado a reduzir emissões de GEE’s, porem não seria muito inteligente da nossa parte dar ênfase aos combustíveis fósseis, de fato, até o ano de 2008 não estávamos dando e além disso contribuíamos com pesquisas para produção de biocombustíveis, até 2008, porque depois disso surgiu o poderoso pré-sal que colocará o Brasil entre os “top of”, com orçamento previsto para não menos que 600 BILHÕES de reais.
O Brasil tem que se desenvolver, óbvio... mas não podemos evoluir emitindo bilhões de toneladas de CO2 na atmosfera, indo de encontro aos países desenvolvidos como os escandinavos europeus, nem pela extinção das reservas legais amazônicas que é responsável pela manutenção da floresta amazônica.
Acompanhar a tendência mundial para utilização de fontes renováveis de energia é o começo de uma economia saudável e um meio ambiente sustentável para as futuras gerações.