Pesquisa personalizada

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

'Primo' do peixe-boi ganha casa nova em aquário da Austrália

Recinto temático dos dugongos homenageia lenda das sereias.
A espécie é considerada vulnerável à extinção.

Um par de dugongos, mamíferos marinhos aparentados ao peixe-boi, ganharam uma "casa" luxuosa no Aquário de Sydney, na Austrália. Os animais foram introduzidos na chamada Laguna das Sereias, um recinto temático que homenageia a identificação que os antigos marinheiros faziam entre os dugongos e as sereias. Até nadadoras vestidas como essas criaturas participaram da "estréia" dos dugongos.

Foto: Rob Griffith/AP

Temática do recinto do animal homenageia sereias (Foto: Rob Griffith/AP)

Foto: Rob Griffith/AP

Espécie é prima do peixe-boi brasileiro (Foto: Rob Griffith/AP)


quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Buraco gigante é descoberto em campo magnético da Terra

Achado obtido por missão da Nasa é dez vezes maior que o esperado.

Foto: BBC
BBC
Ilustração indica interação do campo magnético terrestre com o vento solar (Foto: BBC)

Os satélites da missão espacial Themis, lançados em 2007, descobriram um grande buraco no campo magnético da Terra.

Segundo os cientistas da Nasa, a agência espacial americana, a abertura é dez vezes maior do que a esperada, e o buraco é quatro vezes mais amplo do que a Terra e sete vezes maior do que o diâmetro terrestre.

O campo magnético da Terra, também conhecido como magnetosfera, é uma espécie de bolha magnética que circunda o planeta e protege a superfície terrestre das partículas carregadas pelo vento solar.

Os cientistas explicam que o vento solar carregado de partículas "abre" o buraco na magnetosfera da mesma forma como um polvo envolve um objeto com seus tentáculos - um processo conhecido como "reconexão magnética".

"O campo magnético do Sol se reveste ao redor da magnetosfera, provocando a sua ruptura", afirma o cientista David Sibeck, da Nasa.

A descoberta do buraco foi feita no dia 3 de junho, quando os cinco satélites da nave espacial passaram pela cavidade no momento em que estava se abrindo.

"Já vimos cavidades como essa antes, mas não em escala tão grande", disse Jimmy Raeder, físico da Universidade de New Hampshire que também trabalha no projeto. "O lado diurno inteiro da magnetosfera estava aberto para o vento solar."

Orientação


Além do tamanho da cavidade, a orientação dos campos magnéticos do Sol e da Terra no momento da abertura também surpreendeu os cientistas.

Até a descoberta, pensava-se que o escudo de proteção funcionava melhor e impedia que as partículas conseguissem atravessar o campo magnético terrestre quando ele estava alinhado com o campo magnético do Sol. Acreditava-se ainda que, quando os campos estavam em direções opostas, a abertura era maior.

Os cientistas descobriram, no entanto, que, quando os dois campos magnéticos estão orientados em direções opostas, o número de partículas que atravessam o escudo terrestre é 20 vezes maior do que no momento em que os campos estão alinhados.

Quando um número grande de partículas atravessa o campo magnético terrestre, isso pode provocar tempestades solares, causadas pela liberação das partículas, e também tempestades magnéticas, que podem sobrecarregar cabos de energia com excesso de corrente elétrica e causar apagões.

Fonte:

Volume de gelo no Árctico é o menor de sempre


O volume de gelo no Árctico atingiu este ano o menor nível alguma vez registado e as alterações climáticas já estão a provocar a morte e a devastação em muitas partes do mundo, referiu na terça-feira a Organização Meteorológica Mundial, um órgão das Nações Unidas, noticia a Reuters.

Apesar de a temperatura média do planeta em 2008 (14,3 graus centígrados) ter sido, por uma fracção de grau, a mais baixa do século, a tendência continua no sentido do aquecimento.

«O que está a acontecer no Árctico é um dos principais indicadores do aquecimento global», referiu Michel Jarraud, secretário-geral da OMM.

O relatório apresentado mostra que que a cobertura de gelo do Árctico caiu no Verão/Outono local para a segunda menor extensão desde o início dos registos com fotos de satélite, em 1979.

«Esta década está quase 0,2 graus centígrados mais quente em comparação com a anterior. Temos de ver dessa forma, comparando décadas, não anos», referiu o climatologista Peter Stott, do Centro Hadley, da Grã-Bretanha.

fonte: IOL PortugalDiário

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Aquecimento global pode colocar lula gigante em risco, diz estudo

Metabolismo rápido do animal é vulnerável a mudanças climáticas.
Dificuldade de caçar e de escapar de predadores podem acontecer logo.

O aquecimento global nunca é fácil de enfrentar -- mesmo se você for um predador submarino cheio de tentáculos e com 2 m de comprimento. A lula gigante Dosidicus gigas, comum nas águas do oceano Pacífico, deve ficar menos eficaz na sua busca por presas e mais vulnerável a seus inimigos naturais ao longo deste século, tudo por causa do aumento da temperatura do planeta, informa uma pesquisa publicada na edição desta semana da revista "PNAS".

Foto: Divulgação

A lula Dosidicus gigas fotografada pelo Tiburón, veículo do Instituto de Pesquisas do Aquário da Baía de Monterey numa profundidade de 300 m sobre o monte marinho Davidson, na costa da Califórnia Central (Foto: Instituto de Pesquisas do Aquário da Baía de Monterey/Divulgação)

O trabalho, de autoria de Rui Rosa, da Universidade de Lisboa, e Brad Seibel, da Universidade de Rhode Island (EUA), simulou algumas das condições previstas para o futuro dos oceanos incluindo mudanças na acidez na água, no conteúdo de gás carbônico e oxigênio e na temperatura e colocou alguns exemplares do supermolusco para se virar nesses ambientes.

O grande problema, afirmam os pesquisadores, é que a Dosidicus gigas é um bicho de metabolismo naturalmente muito rápido, o que implica num grande consumo de oxigênio. Ao longo do dia, ela se desloca de cima para baixo, ficando algum tempo em águas mais frias e menos oxigenadas, no fundo, e outra parte do tempo em águas rasas e com mais oxigênio.

Ora, diante das condições projetadas, é como se o ambiente disponível para a lula ficasse "achatado": as águas rasas vão ficar quentes demais e ácidas demais para ela (por causa da grande diluição de gás carbônico, principal gás do aquecimento global, no líquido), enquanto as águas fundas ficarão tão escassas de oxigênio que o bicho terá de passar muito tempo letárgico, sob pena de "ficar sem ar". O resultado provavelmente será uma vida bem mais difícil e arriscada para a caçadora marinha.

fonte: g1.com.br

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Santa Catarina é exemplo do que pode ocorrer no futuro

A tragédia climática de Santa Catarina até pode estar relacionada ao aquecimento global, mas os cientistas ainda não têm evidências desta ligação.Sabem, no entanto, que já é necessário se preparar para lidar com eventos extremos como esse. Tanto enchentes como seca, frio e calor. Esses fenômenos podem se tornar cada vez mais freqüentes daqui para frente. Não só em Santa Catarina, mas em todo o País.Cautelosos, os cientistas esperam mais evidências para poder dizer se o aquecimento influenciou as tempestades catarinenses. “A causa de um evento extremo dificilmente poderá ser atribuída unicamente ao aquecimento global por causa da grande variabilidade climática da região. Mas há uma grande probabilidade de que as chuvas extremas tenham sido exacerbadas pelo aquecimento global”, diz Maria Assunção da Silva Dias, diretora do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Inpe.“Possível, certamente é (que ela tenha sido causada pelo aquecimento). Entretanto, não temos como mostrar inequivocamente que um determinado fenômeno extremo, como esse caso de Santa Catarina, tenha sido causado pelo aquecimento observado até o momento. Teríamos de ter uma sucessão de eventos extremos, com frequência maior que a habitual para atribuir o evento ao aquecimento global”, explica o climatologista Pedro Dias, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Climáticas da Universidade de São Paulo.Carlos Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), pondera, no entanto, que nos últimos dez anos tem ocorrido um aumento da intensidade de secas e de chuvas na Região Sul, na comparação com um período de 50 anos de observação. “E o aumento da intensidade de secas e de chuvas é uma das características de um planeta em aquecimento”, explica. “Não podemos descartar uma variação climática natural, claro, mas tá com um jeitão de efeito do aquecimento. Não é absurdo colocar como hipótese, pode ser.”Segundo ele, em um planeta mais quente é de se esperar que os eventos extremos sejam cada vez mais aguçados e mais freqüentes. “Deve ser característico ter em um ano seca intensa e no seguinte uma inundação sem precedentes. Em um período de dez anos a tendência é vermos menos anos com temperaturas e chuvas dentro da média. O clima vai variar muito mais, subindo e descendo rapidamente.” Com base nos estudos atuais, Pedro Dias afirma que o aquecimento global deve levar a um aumento do risco de eventos extremos em todo o País e os efeitos devem começar a surgir no decorrer deste século. “Muito provavelmente, já nas próximas três décadas”, diz.Independentemente de ter sido provocado pelo aquecimento global ou não, Maria Assunção ressalta que o caso de Santa Catarina deve ser encarado como lição, visto que ele pode ocorrer de novo. “Se queremos nos preparar para o futuro temos de aprender com o presente. Eventos como esse devem ser vistos como um treinamento”, afirma. Ela reforça, no entanto, que não basta prever o evento extremo, é preciso prevenir-se contra os seus possíveis efeitos. “Nesse caso específico, o deslizamento de encostas foi um fator predominante responsável por muitas mortes e danos materiais. Esse deslizamento é resultado de vários fatores, como o desmatamento e a urbanização das encostas, sem zoneamento, sem obras de contenção. Investimentos nessa área devem ser constantes”, complementa a pesquisadora.

Mekong revelou mais de mil espécies novas em dez anos

WWF divulgou relatório com 1.068 espécies novas achadas entre 1997 e 2007.

Da BBC

Mais de mil espécies novas de animais e plantas foram encontradas na última década na região do rio Mekong, segundo um relatório divulgado nesta segunda-feira pela organização ambientalista internacional WWF.

Foto: P. Niyomwan/Divulgação
Víbora é uma das mais de 20 espécies de cobras descobertas na região nos últimos anos (Foto: P. Niyomwan/Divulgação)

A região do Mekong abrange o Camboja, Laos, Mianmar, Tailândia, Vietnã e China.

A WWF afirma que, entre 1997 e 2007, 1.068 espécies novas foram catalogadas, entre elas a "lacraia dragão", um animal que produz cianureto e que chama atenção por suas cores vibrantes.

A maior parte dos animais foi encontrada na selva ou em pântanos da região, mas alguns foram descobertos em lugares inesperados. O rato-da-pedra-laociano, uma espécie que seria descendente direta de um grupo de roedores que desapareceu há 11 milhões de anos, foi encontrado em um mercado de alimentos em Laos.

Uma nova espécie de víbora verde foi achada próxima a um restaurante no parque nacional Khao Yai, na Tailândia.

"Essa região é como as histórias que eu lia sobre Charles Darwin quando eu era pequeno", disse Thomas Ziegler, um dos pesquisadores envolvidos.

O relatório afirma que em dez anos foram encontradas 519 plantas, 279 peixes, 88 rãs, 88 aranhas, 46 lagartos, 22 cobras, 15 mamíferos, quatro pássaros, quatro tartarugas, duas salamandras e um sapo.

fonte: BBCBrasil.com