João Paulo Monteiro
Muitas
informações
são lançadas pela mídia aos expectadores e os deixam confusos. Talvez seja algo
proposital, ou há falta de dados confiáveis para fazê-los concluir que
acontecimentos naturais provenientes do aquecimento das correntes marítimas enfraquece
a correia transportadora – cinturão formado pelas correntes oceânicas que
percorre todo o planeta, levando águas quentes em direção aos polos e águas
frias em direção ao equador -, em parte responsável pelo equilíbrio do
clima e dos oceanos em escala global.
Correntes Marítimas (Internet) |
O degelo do ártico e Groelândia
está próximo à zona de conversão dessas correntes marinhas. A água quente da
costa americana sobe até o Golfo do México, cruzando o Atlântico em direção à
Europa, chegando à Islândia onde ocorre a transformação da temperatura.
Logo, águas frias e salgadas forçam a complexa estrutura para o fundo,
retornando pela costa do Canadá e Estados Unidos em direção à África. Isso
explica o fato da água na costa europeia ser mais quente que na americana,
sendo que ambas estão em mesma latitude.
O degelo acontece
próximo à conversão de temperatura, o que num exemplo simples significa o botão
de desligamento de todo o sistema de correntes marinhas do globo.
Logo, quando pensamos
em derretimento da calota polar do extremo norte nos vem à cabeça ursos polares
ameaçados de extinção e aumento do nível dos oceanos, quando as consequências são
prejudiciais e se tornam mais complexas e preocupantes ao serem analisadas além
daquilo informado pela mídia.