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sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Juína vira palco de discussões


A cidade de Juína, região Noroeste do Mato Grosso, foi palco de abuso de autoridade, ameaças e constrangimentos à liberdade de ir e vir e de imprensa. Já dava lugar, há vários meses, a disputas territoriais graves entre os fazendeiros de gado e os índios da tribo Enawene-Nawe. Agora, por meio do vídeo Amazônia, uma Região de Poucos, produzido pelas vítimas dos abusos cometidos no fim de agosto, ficamos todos sabendo que aquela é uma terra sem lei.

O problema começou a ser revelado quando um grupo de nove pessoas, entre ambientalistas do Greenpeace, da Operação Amazônia Ativa (Opan), e dois jornalistas franceses, foi convidado pelos índios da tribo Enawene-Nawe para documentar as áreas recém-desmatadas pelos fazendeiros da região do Rio Preto.

Há mais de um ano, os índios Enawene fizeram uma denúncia à Secretaria do Meio Ambiente e ao Ministério Público Federal, sem resultados. Também já tentaram, em junho deste ano, bloquear pontes e estradas de acesso à região, munidos de arco e flecha. Saíram de lá com várias promessas não cumpridas. A tensão entre eles e os fazendeiros responsáveis por destruir suas terras sagradas foi crescendo na mesma proporção dos desmatamentos.

Quando o grupo de ambientalistas e jornalistas chegou à cidade, foi rapidamente abordado pelos atuais "donos" das terras, que queriam saber o motivo de sua presença ali. Na manhã seguinte, o grupo foi interrogado por cerca de seis horas na Câmara Municipal de Juína. Estavam presentes o prefeito da cidade, Hilton Campos (PR, ex-PL), o presidente da Câmara, Francisco Pedroso (DEM, ex-PFL), o presidente da OAB local, o presidente da Associação dos Produtores Rurais da região do Rio Preto (Aprurp), Aderval Bento, vários vereadores, a polícia e mais de 50 fazendeiros. Estes aplaudiram entusiasmadamente quando o prefeito garantiu que não permitiria a ida do grupo ao Rio Preto.

novae.inf

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Era uma vez o Rio Madeira...


Quem vai disputar o leilão:

- Odebrecht, Furnas, Alston(multi-nacional), Voith-Siemens e Va-Tech, Grupo Suez (Bélgica), Astaldi Spa (Itália) Impsa, fornecedores chineses e outros enlatados!

RESUMO DA NOVELA

Em 2001, a ODEBRECHT (A Odebrecht é uma organização brasileira com padrões de qualidade mundiais. Fundada em 1944, está presente em países da América do Sul, América Central, América do Norte, África, Europa e Oriente Médio.) começa a estudar a bacia hidrográfica do Rio Madeira.

Em janeiro de 2003, a ANEEL (Empresa Nacional de Energia Elétrica) formaliza autorização para os estudos de viabilidade.

Em agosto de 2003, o consórcio Furnas/Odebrecht pede ao Ibama autorização para fazer o Estudo de Impacto Ambiental.

Em dezembro de 2004, estudo de viabilidade das duas usinas são entregues à Aneel pelo consórcio Furnas/Odebrecht. Esses estudos servem de base para a Aneel elaborar os termos da concorrência.

Em outubro de 2005 a Odebrecht e Furnas firmam acordo para participar juntas do leilão do Rio Madeira, aguardado para o ano seguinte.

2006, O leilão é adiado (Graças a Deus!!!)

Governo encampa, em janeiro de 2007, as hidrelétricas do Madeira como projeto estratégico do PAC.

O Ibama pede novos estudos ambientais e abre uma crise dentro do governo. Pressionada pelo presidente Lula, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, demite o diretor de licenciamento do Ibama, Luiz Felipe Kunz. (Absurdo!!!)

Em julho de 2007 o Ibama concede licença para a construção das hidrelétricas( será que o novo diretor teve medo???). a Camargo Correa acusa a Odebrecht de concorrência desleal. O governo força a Odebrecht a rever seu contrato com Furnas. ( Nem precisava, há um meio mais eficiente para isso e que a maioria dos nossos governantes são acostumados a aceitar, acredite, a grande maioria, se chama SUBORNO).

Em agosto de 2007, a Secretaria de Direito Econômico abre processo para investigar se os acordos da Odebrecht prejudicam a concorrência.

Em setembro de 2007 o leilão é mais uma vez adiado.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Nova York, Estados Unidos

No discurso que fez nesta terça-feira na ONU, em Nova York, o presidente Luís Inácio Lula da Silva disse aos líderes mundiais que o Brasil tem feito "esforços notáveis" para diminuir os efeitos do aquecimento global, reduzindo pela metada a taxa anual do desmatamento da floresta amazônica. Afirmou ainda que o país lançará em breve seu plano nacional de combate às mudanças climáticas, intensificando o enfrentamento do problema.

Pois bem, que o governo passe então o quanto antes do discurso à prática, apresentando metas anuais concretas para zerar o desmatamento da Amazônia. As queimadas são responsáveis pela maior parte das emissões brasileiras de gases do efeito estufa, colocando o Brasil em quarto lugar no triste ranking dos países mais poluidores do clima no mundo. Como bem disse o representante do Greenpeace China, Lo Sze Ping, durante reunião segunda-feira na ONU com representantes de diversos países, não há mais tempo para retóricas. É hora de agir.

“Esperamos que o governo brasileiro agora saia do discurso e tome medidas práticas de combate ao aquecimento global, se comprometendo em promover a eficiência energética e o aumento da participação das energias limpas na matriz brasileira, e o fim do desmatamento na Amazônia, de preferência antes da Conferência das Partes da Convenção de Mudanças Climáticas da ONU, que acontecerá em Bali, em dezembro”, afirma Marcelo Furtado, diretor de Campanhas do Greenpeace Brasil

“O desmatamento caiu 50% em relação ao segundo maior recorde de desmatamento da história, que foi de 27 mil km/2 em 2004. É um número ainda inaceitavelmente elevado”, afirma Paulo Adário, da campanha de Amazônia do Greenpeace Brasil, lembrando que o governo Lula tem um projeto ambicioso de desenvolvimento, com o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), que faz pressão sobre a floresta. Além disso, diz Adário, os fatores econômicos que contribuíram para a queda do desmatamento inverteram o sinal neste momento. “O desmatamento diminuiu quando os preços internacionais da soja e carne caíram. Hoje, esses preços já aumentaram. Os números mostram que no trimestre maio-junho-julho de 2007 o desmatamento aumentou em 200% e o número de queimadas também cresceu em relação ao mesmo período do ano passado. Isso tudo indica uma tendência nociva à floresta.”

Lula também defendeu em seu discurso na ONU uma nova matriz energética para o mundo, capitaneada pelos biocombustíveis, para reduzir emissões dos gases do efeito estufa e ajudar países pobres da América Latina, Ásia e África a gerarem emprego e renda. No entanto, o discurso não bate com a prática de seu governo, que recentemente sinalizou com a intenção de retomar o programa nuclear brasileiro e construir uma terceira usina nuclear no país, Angra 3.

“Enquanto Lula posa de grande promotor dos biocombustíveis perante o resto do mundo, no Brasil o programa para promover as energias alternativas, como solar, eólica e pequenas centrais hidrelétricas, não tem a escala nem o apoio necessários para garantir energia limpa para o desenvolvimento esperado pelo país nas próximas décadas. Em vez disso, o governo quer investir R$ 7 bilhões no dinossauro nuclear de Angra 3”, critica Furtado.

www.greenpeace.org

domingo, 23 de setembro de 2007

Novos incendios no Parque Nacional de Brasília


Ontem (22/09) novos focos de incêndio pelo PNB, estava em casa e quando saí ví bem longe um clarão na direção do parque. Saí casa, correndo literalmente, e chamei os bombeiros.
No último mês o mesmo parque perdeu 30 % de todo seu perímetro, em uma dos piores incêndios que o parque já sofreu.
Dentro do parque, ou próximo a ele há casas não sei tem permissão mas há. Poderia ter sido algum morador de dentro do parque, pois os incêndios começaram próximos à estradas de barro, abertas para dar acesso a esses moradores.

Incendios no Araguaia


Uma equipe da Defesa Civil está vistoriando desde o final da semana os estragos causados pelas intensas queimadas que acometem em toda região Norte Araguaia, em especial o município de Confresa, distante 1.150 quilômetros da Capital.

A dimensão da queimada ainda não pode ser mensurada, mas são centenas de milhares de hectares só em Confresa.

Ibama quer legislação federal para preservar o Pantanal



O presidente do Ibama, Nereu Fontes, disse durante o 1º Seminário promovido pela Frente Parlamentar Estadual em Defesa do Meio Ambiente, que é preciso uma legislação federal específica para preservação do Pantanal. "Já começaram a desmatar a área e sem não fizermos nada o Pantanal virará um verdadeiro deserto Saarah", ressaltou.

Outro problema ambiental apontado por Nereu, é que em Mato Grosso do Sul não tem 20% de cobertura de cerrado, como é exigido pela Lei. "Temos um déficit de 8%, do mínimo da reserva legal exigido pela legislação", acrescentou.