Animal foi flagrado pelo grupo na tarde de quarta-feira, em Tramandaí
Foto:
Divulgação / Projeto Baleias do Rio Grande do Sul
O número crescente de flagrantes de baleias francas no litoral norte
gaúcho, entre junho e novembro, chamou a atenção de alunos do curso de
biologia marinha, da Universidade do Rio Grande do Sul (UFRGS), nos
últimos anos. Com o intuito de proteger esses animais no período de
reprodução e amamentação da espécie, surgiu o Projeto Baleias do Rio
Grande do Sul.
Como não havia no RS estudos semelhantes, o grupo decidiu monitorar as visitas dos cetáceos às águas do Litoral Norte. Ainda recente, o trabalho busca financiadores para custear recursos à equipe.
— Usamos as plataformas de pesca como ponto de observação e estamos colhendo dados dessas avistagens. Pedimos às pessoas que nos encaminhem flagrantes dos animais nas praias — explica o estudante Thiago Nóbrega Lisbôa.
Em 2012, em um mês de monitoramento da costa, o grupo já registrou ao menos 30 amostragens de baleias. Um dos pontos principais do estudo é identificar comportamentos desses animais, que na década de 70 foram considerados extintos no Brasil devido à caça predatória.
— Estamos bem animados com os primeiros resultados, são bem promissores. A partir disso queremos incentivar o turismo e, consequentemente, a preservação da espécie — observa Lisbôa.
Conscientização das comunidades
Além dos seis observadores, o projeto conta com a liderança do vice-presidente do Instituto Augusto Carneiro, José Truda Palazzo Júnior, e da bióloga Audrey Amorim. Palazzo foi um dos responsáveis pelo "redescobrimento" das baleias francas no litoral brasileiro, na década de 80. Ele salienta a necessidade de conscientizar as comunidades costeiras da importância dessa época do ano para o ciclo de vida das baleias:
— Em um primeiro momento estamos juntando gente e dando dicas aos estudantes na parte de educação e divulgação. Antes as pessoas ficavam com medo ao avistar os animais, mas isso mudou muito de uns anos para cá.
O objetivo agora é mapear as áreas de maior probabilidade de avistagem dos cetáceos e definir meios de proteger as mães e filhotes que migram do Polo Sul. A poluição no mar é uma das maiores preocupações dos pesquisadores. Apesar de preferirem o litoral catarinense, por possuir enseadas e baías mais protegidas, as baleias francas têm permanecido em águas gaúchas por mais tempo do que antigamente.
— Temos identificado grupos que se atrasam no processo de migração e acabam ficando pelo Rio Grande do Sul. E isso vira um atrativo. Por que ir a Santa Catarina para ver as baleias se elas podem ser vistas aqui? — ressalta Palazzo.
Estima-se que, atualmente, o litoral brasileiro tenha apenas cerca de 800 baleias desta espécie, o que representa entre 5% e 10% da população mundial que habita o hemisfério sul. Ainda assim, longe da população total que já habitou a Terra, em torno de 100 mil animais.
Como não havia no RS estudos semelhantes, o grupo decidiu monitorar as visitas dos cetáceos às águas do Litoral Norte. Ainda recente, o trabalho busca financiadores para custear recursos à equipe.
— Usamos as plataformas de pesca como ponto de observação e estamos colhendo dados dessas avistagens. Pedimos às pessoas que nos encaminhem flagrantes dos animais nas praias — explica o estudante Thiago Nóbrega Lisbôa.
Em 2012, em um mês de monitoramento da costa, o grupo já registrou ao menos 30 amostragens de baleias. Um dos pontos principais do estudo é identificar comportamentos desses animais, que na década de 70 foram considerados extintos no Brasil devido à caça predatória.
— Estamos bem animados com os primeiros resultados, são bem promissores. A partir disso queremos incentivar o turismo e, consequentemente, a preservação da espécie — observa Lisbôa.
Conscientização das comunidades
Além dos seis observadores, o projeto conta com a liderança do vice-presidente do Instituto Augusto Carneiro, José Truda Palazzo Júnior, e da bióloga Audrey Amorim. Palazzo foi um dos responsáveis pelo "redescobrimento" das baleias francas no litoral brasileiro, na década de 80. Ele salienta a necessidade de conscientizar as comunidades costeiras da importância dessa época do ano para o ciclo de vida das baleias:
— Em um primeiro momento estamos juntando gente e dando dicas aos estudantes na parte de educação e divulgação. Antes as pessoas ficavam com medo ao avistar os animais, mas isso mudou muito de uns anos para cá.
O objetivo agora é mapear as áreas de maior probabilidade de avistagem dos cetáceos e definir meios de proteger as mães e filhotes que migram do Polo Sul. A poluição no mar é uma das maiores preocupações dos pesquisadores. Apesar de preferirem o litoral catarinense, por possuir enseadas e baías mais protegidas, as baleias francas têm permanecido em águas gaúchas por mais tempo do que antigamente.
— Temos identificado grupos que se atrasam no processo de migração e acabam ficando pelo Rio Grande do Sul. E isso vira um atrativo. Por que ir a Santa Catarina para ver as baleias se elas podem ser vistas aqui? — ressalta Palazzo.
Estima-se que, atualmente, o litoral brasileiro tenha apenas cerca de 800 baleias desta espécie, o que representa entre 5% e 10% da população mundial que habita o hemisfério sul. Ainda assim, longe da população total que já habitou a Terra, em torno de 100 mil animais.
Notícia retirada do site Zero Hora.