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quinta-feira, 29 de maio de 2008

Japão é indicado ao Prêmio Motosserra de Ouro do Greenpeace

Japão é indicado ao Prêmio Motosserra de Ouro do Greenpeace
26 de Maio de 2008


Depois do Brasil e do Canadá, foi a vez do Japão ser indicado para receber o prêmio Motosserra de Ouro, por trabalhar contra a biodiversidade durante encontro em Bonn.

Bonn, Alemanha — País foi o que mais bloqueou as negociações para se aumentar a proteção da biodiversidade durante Convenção da ONU na Alemanha.

"E o vencedor de hoje é... o Japão." Foi assim que o Greenpeace anunciou, na manhã desta segunda-feira em Bonn, a terceira nomeação para o prêmio Motosserra de Ouro. A indicação foi dada à delegação que mais bloqueou as negociações até agora para aumentar a proteção da biodiversidade durante a 9ª Conferência das Partes (COP9) da Convenção da ONU sobre Diversidade Biológica que está sendo realizada na Alemanha.

No momento em que a COP9 se encontra em um beco sem saída para mobilizar mais recursos para proteger a biodiversidade global, o Japão – que é o atual presidente do G8 (o grupo dos sete países mais ricos do mundo, mais a Rússia) e é o próximo presidente da CBD em 2010 – está minando todos os esforços para estabelecer uma iniciativa financeira por parte do G8 para assegurar uma rede de áreas protegidas em julho, no Japão.

Durante as discussões do Grupo de Contato sobre áreas protegidas neste domingo, o Japão, com apoio do Reino Unido, quis apagar "imediatamente" um parágrafo que convida os países do G8 a implementar uma iniciativa financeira para aumentar a proteção da biodiversidade. De acordo com fontes das delegações, o Japão enviou cartas para diversos países antes do início da Conferência em Bonn pedindo que eles não apoiassem este pedido de ação.

Em outra manobra, o Japão também convidou os países africanos para uma reunião para discutir questões ambientais antes do encontro do G8, em uma clara tentativa para esvaziar as negociações da ONU.

Na semana passada, o Brasil ganhou a nomeação para receber a Motosserra de Ouro - juntamente com o Canadá - por tentar minimizar a importância da CBD ao ignorar o mandato da Convenção para discutir aumento da proteção para a biodiversidade e floresta. Brasil e Canadá defendem que estas questões devem ser discutidas no âmbito do Fórum da ONU para Florestas, cuja política para a conservação florestal é muito mais branda do que a CDB. Foi a segunda nomeação do Canadá, que já havia merecido o prêmio ao propor que “não-Partes”, principalmente as ONGs, fossem impedidas de participar das discussões da Convenção.

fonte: www.greenpeace.org/brasil/

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Expedição mostra diversidade de atividades no Pólo Norte

Reportagem viajou ao local e encontrou milionários russos se divertindo.

Equipes de pesquisa mergulham equipamentos por cerca de um ano.

A reportagem do jornal norte-americano "New York Times" viajou até o Pólo Norte pela primeira vez e, além de muito gelo e de equipes de pesquisa, encontrou milionários russos passando férias e se divertindo.

Veja o vídeo em português ao lado

Lá, no topo do mundo, eles esquiam, se divertem em grupos e comem pratos típicos de seu país.

A equipe voou 800 km sobre o mar de gelo e aterrissou sobre o oceano congelado com 4,3 mil metros de profundidade.

No ambiente gelado, as placas de gelo colidem formando montes ao redor do acampamento.

Veja o vídeo em inglês ao lado

De acordo com pesquisadores da Universidade de Washington, os equipamentos de pesquisa, mais de 3 km ao todo, ficam ancorados no mar por cerca de um ano e depois são retirados por mergulhadores.

www.g1.com.br

domingo, 25 de maio de 2008

Cerrado Brasileiro




Cerrado queimado Intencionalmente deixamos para discutir por último este fator, de extraordinária importância para o Bioma do Cerrado, seja pelos múltiplos e diversificados efeitos ecológicos que exerce, seja por ser ele uma excelente ferramenta para o manejo de áreas de Cerrado, com objetivos conservacionistas. "Mas"... o leitor diria intrigado: "como conservar, ateando fogo ao Cerrado?". A resposta é simples: proteção total e absoluta contra o fogo no Cerrado é uma utopia, é extremamente difícil. O acúmulo anual de biomassa seca, de palha, acaba criando condições tão favoráveis à queima que qualquer descuido com o uso do fogo, ou a queda de raios no início da estação chuvosa, acabam por produzir incêndios tremendamente desastrosos para o ecossistema como um todo, impossíveis de serem controlados pelo homem. Neste caso é preferível prevenir tais incêndios, realizando queimadas programadas, em áreas limitadas e sucessivas, cujos efeitos poderão ser até mesmo benéficos. Tudo depende de sabermos manejar o fogo adeqüadamente, levando em conta uma série de fatores, como os objetivos do manejo, a direção do vento, as condições de umidade e temperatura do ar, a umidade da palha combustível e do solo, a época do ano, a freqüência das queimadas etc. É assim que se faz em outros biomas savânicos, semelhantes aos nossos Cerrados, de países como África do Sul, Austrália, onde a cultura ecológica é mais científica e menos emocional do que a nossa "Mas..." diria ainda o leitor: "... e quando o homem não estava presente em tais regiões, no passado remoto, incêndios desastrosos também não ocorriam em conseqüência dos raios? Não seria melhor deixar queimar, então, naturalmente?". Grandes incêndios certamente ocorriam, só que não eram desastrosos. Não existiam cercas de arame farpado prendendo os animais. Eles podiam fugir livremente do fogo, para as regiões vizinhas. Por outro lado, áreas eventualmente dizimadas pelo fogo podiam ser repovoadas pelas populações adjacentes. Hoje é diferente. Além das cercas, a vizinhança de um Parque Nacional ou qualquer outra unidade de conservação, é formada por fazendas, onde a vegetação e a fauna natural já não mais existem. O Parque Nacional das Emas, no sudoeste de Goiás, por exemplo, é uma verdadeira ilha de Cerrado, em meio a um mar de soja. Se a sua fauna for dizimada por grandes incêndios, ele não terá como ser naturalmente repovoadoLinha de fogo, uma vez que essa fauna já não mais existe nas vizinhanças. Manejar o fogo em unidades de conservação como esta é uma necessidade urgente, sob pena de vermos perdida grande parte de sua biodiversidade.

Poucas são as nossas unidades de conservação, com áreas bem significativas, onde o Cerrado é o bioma dominante. Entre elas podemos mencionar o Parque Nacional das Emas (131.832 ha), o Parque Nacional Grande Sertão Veredas (84.000 ha), o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães (33.000 hs), o Parque Nacional da Serra da Canastra (71.525 ha), o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (60.000 ha), o Parque Nacional de Brasília (28.000 ha). Embora estas áreas possam, à primeira vista, parecer enormes, para a conservação de carnívoros de maior porte, como a onça-pintada e a onça-parda, por exemplo, o ideal seria que elas fossem ainda maiores.

Capim Gordura como invasora Se considerarmos que cerca de 45% da área do Domínio do Cerrado já foram convertidos em pastagens cultivadas e lavouras diversas, é extremamente urgente que novas unidades de conservação representativas dos cerrados sejam criadas ao longo de toda a extensão deste Domínio, não só em sua área nuclear mas também em seus extremos norte, sul, leste e oeste. A criação de unidades de conservação com áreas menos significativas não deve, todavia, ser menosprezada. Quando adequadamente manejadas, elas também são de enorme importância para a preservação da biodiversidade. Só assim se conseguirá, em tempo, conservar o maior número de espécies de sua rica e variadíssima flora e fauna.

Gramínea invasora A grande maioria das atuais unidades de conservação, sejam elas federais, estaduais ou municipais, acha-se hoje em uma situação de completo abandono, com sérios problemas fundiários, de demarcação de terras e construção de cercas, de acesso por estrada de rodagem, de comunicação, de gerenciamento, de realização de benfeitorias necessárias, de pessoal em número e qualificação suficientes etc. Quanto ao manejo de sua fauna e flora, então nem se fale. Pouco ou nada se faz para conhecer as populações animais, seu estado sanitário, sua dinâmica etc. Admite-se "a priori" que elas estão bem pelo simples fato de estarem "protegidas" por uma cerca, quando esta existe. Na realidade, isto poderá significar o seu fim. Problemas de consangüinidade, viroses, verminoses, epidemias, poderão estar ocorrendo entre os animais, dizimando-os dramaticamente, e nem se sabe disto. Pesquisas a médio e longo prazo são essenciais para que possamos compreender o que acontece com as populações animais remanescentes nos cerrados. Paralelamente, espécies exóticas de gramíneas, principalmente as de origem africana, como o capim-gordura, o capim-jaraguá, a braquiária, estão invadindo estas unidades de conservação e substituindo rapidamente as espécies nativas do seu riquíssimo estrato herbáceo/subarbustivo. Dentro de alguns anos, ou décadas que seja, estas unidades transformar-se-ão em verdadeiros pastos de gordura, jaraguá ou braquiária e terão perdido, assim, toda a sua enorme riqueza de espécies de outrora.

br.youtube.com/watch?v=TSLCNXoMgZs / portalbrasil.net

A Mata Atlântica também pede socorro



Às vezes focamos num só problema e acabamos nos esquecendo de outros de igual importância, senão mais importântes. A Amazônia está sendo discutida por todo o planeta, todos os olhos estão voltados para ela, mas nós brasileiros estamos nos esquecendo da Mata Atlântica. Apenas 1% de toda sua cobertura original ja foi destruída, mas não só a mata, milhões de seres que faziam desta seu habitat hoje já não existem, ou se existem hoje invadem cidades por toda a costa brasileira.
Das espécies que habitam o que restou da mata, 50% são espécies que não existem em nenhum outro local do planeta.
Gente, somente UM POR CENTRO DE TODA COBERTURA ORIGINAL EXISTE, temos que cobrar dos nossos governantes mais ação, mais fiscalização. Não são pessoas que moram no litoral que vão perder uma riquesa de valor inestimável e não somente o Brasil, mas todo o planeta, todas as mais de seis bilhões que fazem desde lugar sua casa.

Sejamos consciêntes.

João Paulo Monteiro