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terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Pescadores escoltam golfinhos nas Filipinas

Cerca de 200 golfinhos desorientados entraram em águas rasas.
Barcos formaram um corredor para indicar caminho para golfinhos.


Foto: Romeo Ranoco/Reuters

Cerca de 200 golfinhos desorientados foram escoltados por barcos de pescadores para longe das águas rasas de Orion, distante 96 km de Manila, nas Filipinas. (Foto: Romeo Ranoco/Reuters)

Foto: Romeo Ranoco/Reuters

Embarcações formaram um corredor para que os golfinhos pudessem voltar para o mar aberto. (Foto: Romeo Ranoco/Reuters)

Foto: Romeo Ranoco/Reuters

Pelo menos três golfinhos morreram antes que voluntários indicassem a saída da região. (Foto: Romeo Ranoco/Reuters)



segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Aquecimento global pode ser irreversível, diz estudo

Uma equipe de cientistas especializados em meio ambiente nos Estados Unidos fez um alerta de que muitos dos efeitos das mudanças climáticas podem ser irreversíveis.

Em artigo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, os cientistas afirmam que as temperaturas na Terra podem se manter altas por até mil anos, mesmo se as emissões de gás carbônico (CO2) fossem eliminadas hoje.

Segundo os pesquisadores, se o nível de CO2 na atmosfera continuar a subir, vai chover menos em áreas que já são secas no sul da Europa, na América do Norte e em partes da Ásia e da Austrália.

Eles também afirmam que, atualmente, os oceanos estão desacelerando o aquecimento global ao absorver calor, mas que em algum momento vão liberar este calor de volta à atmosfera.

Mudanças nos EUA

A divulgação das conclusões dos ambientalistas coincide com o pedido feito pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para que a Agência Americana de Proteção Ambiental reveja as regras de emissão de gás carbônico por veículos de passageiros.

Vários Estados americanos, liderados pela Califórnia, querem introduzir leis para obrigar as montadoras a melhorar drasticamente a eficiência do uso de combustíveis.

A medida encontrou oposição de vários setores, que argumentam que essa decisão poderia derrubar a demanda por novos carros neste período de recessão.

Os cientistas envolvidos na nova pesquisa dizem que políticos precisam agir imediatamente para contrabalançar os danos já provocados ao meio ambiente.

Europa propõe ampliar mercado global de crédito de carbono

A Comissão Europeia propôs nesta quarta-feira a ampliação do mercado global para comércio de créditos de carbono como parte de um plano para enfrentar a mudança climática.

A União Europeia já se comprometeu com a expansão de seu Plano de Comércio de Emissões (ETS, na sigla em inglês) e agora pede que outros países industrializados se juntem ao esquema.

A comissão afirmou que até 2015 quer ligar o ETS a outros sistemas de comércio de créditos de carbono. O objetivo é incluir economias emergentes até 2020.

Uma conferência sobre mudanças climáticas da ONU deve ocorrer em dezembro, em Copenhague, e espera-se que o resultado desta reunião seja um novo acordo que substitua o Protocolo de Kyoto.

Estados Unidos

O comissário europeu para o Meio Ambiente, Stavros Dimas, pediu um acordo internacional e afirmou que a participação dos Estados Unidos seria muito importante. Os Estados Unidos não assinaram o Protocolo de Kyoto, firmado em 1997.

"Com estas medidas a Europa mostrou o caminho, mas apenas uma ação global poderia controlar a mudança climática. Por isso um acordo internacional forte e abrangente é muito importante", disse Dimas.

"O compromisso do presidente (dos Estados Unidos, Barack) Obama de colocar os Estados Unidos de volta na batalha contra o aquecimento global é muito animador", afirmou.

Segundo o correspondente da BBC em Bruxelas Dominic Hughes, Dimas também pediu que economias emergentes como Brasil, China e Índia aumentassem os esforços para instituir planos de cortes nas emissões de gases de efeito estufa.

Dinheiro

A Comissão Europeia afirmou que para cortar emissões de gases de efeito estufa serão necessários mais investimentos no mundo todo, que poderiam chegar a 175 bilhões de euros (cerca de R$ 535 bilhões) por ano em 2020.

Mais da metade destes investimentos será necessária nos países em desenvolvimento, segundo a comissão.

Kim Carstensen, especialista em clima do grupo ambientalista internacional WWF, afirmou que a União Europeia deveria "se concentrar no que a Europa deveria fazer se quiser recuperar a reputação de líder na luta contra a mudança climática".

Em dezembro o Parlamento Europeu apoiou um pacote de medidas da União Europeia para combater o aquecimento global, incluindo o compromisso de cortar as emissões de carbono em 20% até 2020, comparado com os níveis de emissões em 1990.

Fontes renováveis

O bloco europeu pretende aumentar o uso de fontes renováveis de energia em 20% do total de uso energético e alcançar um corte de 20% no consumo de energia até o ano de 2020.

O sistema ETS para comércio de créditos de carbono foi lançado pela União Europeia em 2005 e cobre apenas a indústria pesada e grandes usinas de energia mas, aos poucos, deve incluir outros setores.

Críticos afirmam que as concessões feitas a alguns setores industriais poderiam diminuir o impacto do pacote no longo prazo.

Cientistas afirmam que as emissões de dióxido de carbono precisam ter um corte entre 25% e 40% até 2020 para existir uma chance razoável de prevenção de uma mudança climática mais perigosa.

British Broadcasting Corporation


Número de mortos em incêndios na Austrália chega a 171

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Autoridades na Austrália afirmaram nesta segunda-feira que o número de mortos nos incêndios florestais no Estado de Vitória, no sul do país, chegou a 171 e pode aumentar ainda mais.

O primeiro-ministro australiano, Kevin Rudd, em visita à região, disse que os incêndios estão provocando um massacre.

Segundo a polícia, alguns incêndios foram provocados deliberadamente e estão sendo investigados.

Dezenas de milhares de bombeiros, ajudados por soldados, estão combatendo o que as autoridades chamaram de os piores incêndios florestais da história da Austrália.

Carro de bombeiros combate incêndio

Incêndio na Austrália destruiu cidades de Kinglake e Marysville

As chamas destruíram mais de 700 casas no Estado de Victoria, segundo dados divulgados pelas autoridades no domingo.

Algumas pessoas morreram trancadas em seus carros, enquanto tentavam fugir dos incêndios.

Cerca de 14 mil casas estão sem eletricidade. Os fogos teriam se espalhado por mais de 300 mil hectares de florestas, plantações e cidades - uma área equivalente a 408 campos de futebol e um pouco maior que Luxemburgo.

Duas cidades do Estado, Marysville e Kinglake, foram quase completamente incineradas. Em Kinglake, seis corpos foram encontrados em um carro.

Em Marysville, onde moram cerca de 500 pessoas, os bombeiros afirmam que restou apenas um prédio.

Ajuda militar

Uma moradora da cidade de Strathewen disse à rádio local ABC que muitas pessoas presenciaram "cenas de terror" enquanto enfrentavam as chamas.

"A escola se foi, a prefeitura se foi... algumas pessoas não conseguiram sair de lá. Nós perdemos amigos", disse a moradora.

Darren Webb-Johnson, morador de Kingslake, disse à rede de televisão Sky TV: "A estação de serviços se foi, o armazém do outro lado da rua se foi, a tubulação explodiu por toda a parte e 80% da cidade foi totalmente queimada".

Altas temperaturas e o ar seco estão ajudando a espalhar o fogo, mas as autoridades afirmam que muitos incêndios foram causados deliberadamente por criminosos. Na região de Gippsland, os incêndios foram controlados, mas a polícia afirma que um incendiário começou novos focos.

Segundo o correspondente da BBC em Sydney, Nick Bryant, as temperaturas caíram um pouco e os fortes ventos também perderam intensidade. Mesmo assim, o governador de Victoria, John Brumby, disse que os incêndios devem continuar nesta semana.

British Broadcasting Corporation