Marcus Farah
Para cientistas, felinos de cativeiro não sobrevivem em áreas selvagens.
Ações de libertação são chamadas de 'comerciais' e 'mito' pela pesquisa.
Ações de libertação são chamadas de 'comerciais' e 'mito' pela pesquisa.
Criadora cuida de leão macho nascido em cativeiro na Namíbia, África (Foto: Luke Hunter/Panthera)
Operações de reintrodução de leões criados em cativeiro nas áreas
selvagens da África têm feito muito pouco pela conservação destes
animais, afirma um estudo divulgado nesta terça-feira (31) pela revista
Oryx. Ações deste gênero, que podem envolver turistas, são classificadas
como "comerciais" e "mitos" pelos cientistas responsáveis pela
pesquisa.
Elaborada por uma equipe de biólogos da Panthera, unidade especializada
em felinos da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN,
na tradução em inglês), a pesquisa considera que há um "mito de
conservacionismo" em operações deste gênero, quase sempre fracassadas. O
estudo demonstra que nenhum leão criado em cativeiro foi realocado de
maneira bem-sucedida no meio selvagem.
Conhecidas como "Encontros de Vida Selvagem", estas operações cresceram
nos últimos 20 anos, principalmente no sul da África, segundo os
pesquisadores. A avaliação deles é que os leões nascidos em cativeiro e
suas crias acabam não sobrevivendo quando libertados, em comparação com
felinos criados em meio selvagem.
O potencial de estudo destas operações reside na avaliação do papel que
os leões nascidos em cativeiro têm. O fato deste tipo de ação existir
permitiu aferir que os felinos que nasceram em jaulas não devem ser
reintegrados a ambientes selvagens, na opinião dos cientistas.
Leões selvagens foram deslocados e monitorados por mais de 40 parques
do sul da África nas últimas duas décadas, de forma bem-sucedida, diz o
estudo. Mais de 500 felinos foram recolocados nos meios selvagens desta
maneira, ainda de acordo com a Panthera.
Reportagem retirada do site G1 da Globo, que pode ser acessado, clicando aqui.
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