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terça-feira, 9 de setembro de 2008

Bananais substituem Mata Atlântica no Vale do Ribeira


Na segunda, 3 mil pés de banana foram derrubados por decisão judicial.
Em uma região, árvores ocupavam área equivalente a um campo de futebol.




Crime ambiental no Vale do Ribeira: espécies da Mata Atlântica são derrubadas para dar lugar a plantações de banana. Na segunda-feira (8), agentes e policiais cumpriram uma decisão da Justiça de derrubar quase três mil pés de banana que foram plantados dentro da estação ecológica Juréia- Itatins. A derrubada de bananeiras se repetiu centenas de vezes.

Os envolvidos no desmatamento foram notificados em 20 de agosto a iniciar a retirada da espécie em 48 horas, sob pena de multa diária de um salário mínimo, mas não tomaram providências.

"Nosso objetivo é deixar claro pra esses interventores, criminosos ambientais, que não valerá mais a pena fazer isso. Terão prejuízo econômico os que fizerem”, afirmou o diretor da Fundação Florestal, José Amaral Vagner Neto.

Por determinação da Justiça, outras plantações irregulares dentro da Juréia serão destruídas em breve. Mas o principal desafio da polícia ambiental é conter novos desmatamentos.

Em um ponto da região, por exemplo, árvores que ocupavam uma área equivalente a de um campo de futebol foram cortadas. Alguns troncos de espécies nativas da mata atlântica ainda podem ser vistos no local.

"Podem ter ocorrido danos irreparáveis”, diz o biólogo Wagner Portilho. "As espécies aqui no local elas tem 100, 200, 500 anos. Vai demorar muitos anos, com certeza, a recuperação dessa área ao ponto que ela está agora.”

A secretaria de meio ambiente garante que tem intensificado as ações para proteger esse importante patrimônio da natureza.

"Estamos aparelhando com mais viaturas a policia ambiental, estamos fazendo sobrevôos semanais aqui na Juréia. Até 2007 não existia nenhuma base de fiscalização no norte, tava tudo concentrado na região de Peruíbe e nós já vamos fazer a terceira base e, provavelmente até o final do ano quero ver se a gente consegue fazer mais uma base”, contou Neto, diretor da Fundação.

“É uma demonstração de que a gente tem que mudar de atitude. Afinal de floresta e de unidade de conservação a gente já tem muito pouco na mata Atlântica”, reflete o biólogo Portilho.

Fonte:g1.com.br

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