Os níveis na atmosfera desse gás formado por átomos de carbono e hidrogênio (CH4) dobraram nos dois últimos séculos. No entanto, há até pouco tempo se acreditava que a emissão gerada pelas indústrias era neutralizada pelo grau de destruição do gás na atmosfera.
Mas esse equilíbrio se alterou desde o começo de 2007, o que somou milhões de toneladas de metano na atmosfera, segundo Matthew Rigby e Ronald Prinn, cientistas do Instituto Tecnológico de Massachusetts e autores do trabalho.
O metano é produzido por pântanos, arrozais, pelo gado, pelo gás e pelo carbono emitido pelas indústrias. É destruído na atmosfera pela reação com radicais livres.
"Este aumento do metano é preocupante, pois a recente estabilidade tinha ajudado a compensar o aumento inesperadamente rápido das emissões de dióxido de carbono", disse Drew Shindell, do Instituto Goddard de Estudos do Espaço na Nasa (agência espacial norte-americana).
O estudo determinou que o aumento dos níveis de metano ocorreu de forma simultânea em todo o planeta, apesar de a maior parte das emissões ter acontecido no Hemisfério Norte.
Segundo os pesquisadores, isto se deve a um aumento das temperaturas na Sibéria durante todo o ano de 2007, o que provocou uma maior emissão bacteriana nos pântanos dessa região. Outra explicação, segundo os cientistas, poderia ser, pelo menos parcialmente, uma queda das concentrações de radicais livres na atmosfera.
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