João Paulo Monteiro
O patriotismo brasileiro está em
baixa, o valor dado às riquezas nacionais já não compraria uma garrafa de água
mineral e as informações dadas pelo governo não são mais confiáveis.
Nióbio (Nb), metal de transição
na tabela periódica de massa atômica 92,2u, tem caído no conhecimento dos
brasileiros. Não que o Congresso Nacional aceite e queira. É a mídia patriota
fazendo seu papel com a sociedade.
Retirado da Internet |
O nióbio apresenta numerosas
aplicações. É usado em alguns aços inoxidáveis e em outras ligas de metais não
ferrosos. Estas ligas, devido à resistência, são geralmente usadas para a
fabricação de tubos transportadores de água e petróleo a longas distâncias e na
fabricação de componentes de motores de jatos, subconjuntos de foguetes (Programa
Gemini - NASA), ou seja, equipamentos que necessitem altas resistências a combustão.
O Brasil possui 98% das reservas
mundiais exploráveis deste elemento e 90% do total de minério presente no
planeta. Países como Estados Unidos e Japão utilizam 100% de Nióbio brasileiro.
Como é possível a atribuição de apenas 55% dessa produção se não há outro
fornecedor? Os 45% restantes saem extra-oficialmente, ou seja, não são
computados. São 45% em redução de impostos, saúde, segurança e educação. Educação
esta que nossos parlamentares, quando empossados, esquecem.
O publicitário Marcos Valério, na
CPI dos Correios, revelou na TV para todo o Brasil, dizendo: “O dinheiro do
mensalão não é nada, o grosso do dinheiro vem do contrabando do nióbio”. E
ainda: “O ministro José Dirceu estava negociando com bancos, uma mina de nióbio
na Amazônia”. Não houve sequer investigação sobre a denúncia. Então há quem
esteja ganhando com todo esse silêncio. Soma-se a esse fato o que foi publicado
na Folha de S. Paulo em 2002: “Lula ficou hospedado na casa do dono da CMN
(produtora de nióbio) em Araxá-MG, cuja ONG financiou o programa Fome Zero”.
O metal é vendido na proporção
como se a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) vendesse a U$1
o barril de petróleo – que hoje está cotado em U$ 105,79. Mas petróleo existe
em outras fontes, e o nióbio só no Brasil; podendo ser outra moeda nossa e seu
preço para a venda, além de muito baixo, é fixado pela Inglaterra, que não tem
nióbio algum!
A Inglaterra é a mais beneficiada
com a demarcação em Roraima, e a maior intermediária na venda do nióbio
brasileiro ao mundo todo. Pelo visto, sua alteza real Elizabeth II demonstra
total gratidão para com nossos representantes políticos a serviço da Coroa
Britânica. Contudo, pelo andar da carruagem real, esse escândalo está para
estourar, afinal o segredo sobre o nióbio como moeda de troca, não está
resistindo às pressões da mídia esclarecida e patriótica.