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sábado, 22 de junho de 2013

Nióbio, o metal subtraído do povo

João Paulo Monteiro

O patriotismo brasileiro está em baixa, o valor dado às riquezas nacionais já não compraria uma garrafa de água mineral e as informações dadas pelo governo não são mais confiáveis.

Nióbio (Nb), metal de transição na tabela periódica de massa atômica 92,2u, tem caído no conhecimento dos brasileiros. Não que o Congresso Nacional aceite e queira. É a mídia patriota fazendo seu papel com a sociedade.

Retirado da Internet
O nióbio apresenta numerosas aplicações. É usado em alguns aços inoxidáveis e em outras ligas de metais não ferrosos. Estas ligas, devido à resistência, são geralmente usadas para a fabricação de tubos transportadores de água e petróleo a longas distâncias e na fabricação de componentes de motores de jatos, subconjuntos de foguetes (Programa Gemini - NASA), ou seja, equipamentos que necessitem altas resistências a combustão.

O Brasil possui 98% das reservas mundiais exploráveis deste elemento e 90% do total de minério presente no planeta. Países como Estados Unidos e Japão utilizam 100% de Nióbio brasileiro. Como é possível a atribuição de apenas 55% dessa produção se não há outro fornecedor? Os 45% restantes saem extra-oficialmente, ou seja, não são computados. São 45% em redução de impostos, saúde, segurança e educação. Educação esta que nossos parlamentares, quando empossados, esquecem.

O publicitário Marcos Valério, na CPI dos Correios, revelou na TV para todo o Brasil, dizendo: “O dinheiro do mensalão não é nada, o grosso do dinheiro vem do contrabando do nióbio”. E ainda: “O ministro José Dirceu estava negociando com bancos, uma mina de nióbio na Amazônia”. Não houve sequer investigação sobre a denúncia. Então há quem esteja ganhando com todo esse silêncio. Soma-se a esse fato o que foi publicado na Folha de S. Paulo em 2002: “Lula ficou hospedado na casa do dono da CMN (produtora de nióbio) em Araxá-MG, cuja ONG financiou o programa Fome Zero”.

O metal é vendido na proporção como se a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) vendesse a U$1 o barril de petróleo – que hoje está cotado em U$ 105,79. Mas petróleo existe em outras fontes, e o nióbio só no Brasil; podendo ser outra moeda nossa e seu preço para a venda, além de muito baixo, é fixado pela Inglaterra, que não tem nióbio algum!

A Inglaterra é a mais beneficiada com a demarcação em Roraima, e a maior intermediária na venda do nióbio brasileiro ao mundo todo. Pelo visto, sua alteza real Elizabeth II demonstra total gratidão para com nossos representantes políticos a serviço da Coroa Britânica. Contudo, pelo andar da carruagem real, esse escândalo está para estourar, afinal o segredo sobre o nióbio como moeda de troca, não está resistindo às pressões da mídia esclarecida e patriótica.