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quarta-feira, 2 de julho de 2008

Operação fecha carvoarias clandestinas no Pará

Mais de 500 fornos estavam funcionando sem licença ambiental em Tomé-Açu.
Carvoeiros também são acusados de manter trabalhadores em condições de escravidão.

Uma operação da Secretaria de Meio-Ambiente do Pará flagrou carvoarias e serrarias clandestinas em Tomé-Açu. A Operação Floresta em Chamas encontrou pelo menos dez carvoarias ilegais. Mais de 500 fornos estavam funcionando sem licença ambiental. A polícia diz que a atividade aumentou na cidade depois da Operação Arco de Fogo , que fechou madeireiras e carvoarias em Tailândia.


A força-tarefa autuou em flagrante uma serraria por funcionar sem licença ambiental e por não comprovar a origem da madeira que estava no pátio. Parte da madeira já estava beneficiada. A empresa foi lacrada e um trator foi apreendido. A máquina foi usada para destruir 35 fornos de uma carvoaria que funcionava clandestinamente no meio da mata.

“Pelas carvoarias que visitamos, todas entocadas no meio da mata e os fornos todos de fabricação bem recente, deu para perceber realmente que houve uma migração de um município para outro”, explicou Bertolino Neto, delegado da Polícia Civil.

Uma estatística da Secretaria Estadual de Meio-Ambiente revela que um forno é construído com apenas R$ 400. Mensalmente, cada um deles gera uma receita em torno de R$ 5 mil só produzindo carvão. O metro cúbico do carvão é vendido por cerca de R$ 150.

Além do crime ambiental, os carvoeiros clandestinos são acusados de manter trabalhadores em condições semelhantes à escravidão. Um grupo formado por jovens de 15 a 22 anos ganhava uma média de R$ 25 por três dias de trabalho e ainda tinha que pagar pela comida.

Fonte:www.g1.com.br