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sábado, 17 de novembro de 2007

Mudanças na Amazônia são aterrorizantes, diz ONU

Declaração foi feita por secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em evento na Espanha.
Ki-moon defende busca de novas formas de consumo e indústrias não-poluentes.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou neste sábado (17) que "tesouros" da Terra estão sendo ameaçados pelas mudanças climáticas, citando a Antártida, as geleiras de Torres del Paine e a Amazônia. “As mudanças nessas regiões são tão aterrorizantes quanto as de filmes de ficção científica. São ainda mais [aterrorizantes] porque são reais”, continuou.

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Se nenhuma medida for tomada, diz o relatório, parte da floresta amazônica vai virar cerrado até o fim do século, e o sertão nordestino vai virar um deserto.

Ban Ki-moon presidiu na cidade espanhola de Valência o encerramento da 27ª sessão plenária do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC, na sigla em inglês) da ONU, reunido desde segunda-feira (12).

O secretário-geral defendeu o uso de meios "reais e acessíveis" para combater as mudanças climáticas e pediu que os políticos dêem resposta às evidências que os cientistas constataram. Ki-moon defendeu, por exemplo, ir "além" da luta contra a mudança climática, para buscar novos e melhores modos de produzir e de consumir, promover indústrias não-poluentes e avançar para uma "aliança mundial" a favor do crescimento baseado em uma economia verde.

Ações concretas

Ban Ki-moon disse que o relatório aprovado pelo IPCC em Valência responde a muitas das questões políticas sobre a mudança climática e afirmou que, agora, cabe aos governos traduzirem essas respostas em ações concretas.

Ele destacou, por exemplo, a importância da reunião da Convenção de Mudança Climática da ONU em Bali, em dezembro, e expressou sua confiança de que, depois de os cientistas terem falado "claramente e com uma só voz" em Valência, os dirigentes políticos mundiais façam o mesmo em Bali.

O secretário-geral da ONU disse ainda que uma ação política "coordenada e sustentada" poderia evitar alguns dos pontos mais catastróficos apontados pelo relatório do IPCC. Ele advertiu que a cúpula de Bali deverá estabelecer um calendário de negociações e confiou em que se chegará a um acordo para que esse processo tenha terminado em 2009.

Conseqüências

Ki-moon observou que um dos aspectos cruciais do relatório dos cientistas é que a mudança climática afetará muito especialmente os países em desenvolvimento e apontou que o degelo das geleiras provocará inundações nas zonas montanhosas e escassez de água na Ásia meridional e na América do Sul.

"A mudança do tempo e das temperaturas pode fazer os países em desenvolvimento retrocederem para o poço da pobreza e desfazer muitos dos progressos", disse o principal responsável da ONU. Ban alertou que a resposta à mudança climática não será eficaz se forem sacrificados outros objetivos, entre eles a erradicação da pobreza.

Segundo o relatório divulgado neste sábado, o nível dos oceanos subiu 1,8 milímetro ao ano desde 1961 -- a partir de 1993, o ritmo passou a 3,1 milímetro por ano. As calotas polares e as geleiras, por sua vez, estão derretendo mais rápido, enquanto as tempestades estão mais fortes e mais freqüentes.

O documento confirma que as causas são humanas: a emissão de gases que provocam o efeito estufa aumentou 70% desde 1970. A principal fonte é a queima de combustíveis fósseis, mas a agricultura e a pecuária também contribuem. Nas próximas duas décadas, diz o relatório, a temperatura deve continuar subindo em média 0,2 grau por ano.

Por isso, os cientistas recomendam mais eficiência no uso da energia pelas indústrias, pelos prédios e casas, além de mais eficiência no consumo feito pelos automóveis. Entre as alternativas que podem ser usadas para diminuir as emissões estão a energia solar e até a nuclear, que é limpa em termos de emissões de gases.

Apelo

O secretário-geral da ONU apelou à comunidade internacional para que volte seus esforços em buscar respostas políticas e não em procurar "culpados". Ele também disse que os efeitos da mudança climática são "tão graves e tão generalizados" que requerem uma ação "urgente e mundial".

Ban Ki-moon considerou que os acordos futuros deverão incluir incentivos para os países em desenvolvimento. Entre esses esforços estão melhores condições financeiras para tecnologias energéticas pouco poluentes, ajudas financeiras para que os países mais vulneráveis se adaptem aos efeitos da mudança e transferências de tecnologias pouco poluentes.

A ONU, disse, quer dar exemplo na luta mundial contra a mudança climática e faz um esforço para que suas operações no mundo todo sejam "neutras" no que diz respeito às emissões de gases que intensificam o efeito estufa.

www.g1.com.br / (Foto: Fernando Bustamante/AP)

WWF adverte sobre rápida desaparição de rios em curso livre no mundo

Grande parte dos maiores rios do mundo está perdendo sua conexão com o mar, segundo a rede WWF. Além disso, quase um quarto dos rios está em risco de desconectar-se dentro dos próximos 15 anos.

De acordo com um relatório do WWF, somente um terço dos 177 grandes rios do mundo (de 1.000km e maiores) seguem fluindo livremente, sem obstáculos como diques e outras barreiras. Na realidade somente 21 destes correm livremente desde suas nascentes até o mar, os outros 43 são grandes afluentes de rios como o Congo, Amazonas e Lena.

O relatório – Rios em curso livre - Luxo econômico ou necessidade ecológica? – mostra que a crescente perda de rios em curso livre é uma tendência perturbadora, pois ameaça o abastecimento de água potável, saneamento, agricultura e pesca.

"Com tão poucos rios longos de curso livre, estamos a ponto de perder um outro recurso natural sem compreender o custo total dessa perda, antes que seja tarde demais”, disse o co-autor do relatório, Ute Collier.

"É irrefutável a importância dos rios e de suas águas para a vida das pessoas e para o desenvolvimento do país. No entanto, a degradação de um rio é como uma veia entupida de uma pessoa que pode levá-la à morte. Para mudar esse cenário é preciso ampliar a conscientização junto aos Governos na manutenção e recuperação dos regimes naturais dos rios compatibilizando os seus diversos usos como o abastecimento de água", alertou Samuel Barrêto, coordenador do programa Água para a Vida do WWF-Brasil.

O WWF afirma que não se deve subestimar a ameaça à fauna por causa das represas dos rios. Grandes populações de bagres na Amazônia e nas bacias de Mekong, golfinhos do rio na bacia de Ganges e o e o wildebeest no rio de Mara, estão ameaçados pelos efeitos de barreiras construídas pelo homem nestes rios.

Os diques podem reduzir a quantidade de peixes nativos em um rio, afetando diretamente a produtividade da pesca montante e jusante. Com o livre curso dos rios é possível regular a contaminação e nivelar os sedimentos. A carência desse nivelamento resultou na trágica inundação de New Orleans após o furacão Katrina.

"O furacão Katrina foi uma poderosa lembrança da repercussão negativa de rios alterados como o Mississipi”, disse Jamie Pittock, diretor do Programa Global de Água Doce do WWF. "A perda desse sedimento necessário para sustentar as áreas alagadas costeiras, devida às represas a montante e a canalização do rio, é um grande fator de devastação e perda de vidas”.

Os maiores rios de fluxo livre se encontram na Ásia, seguidos pela América do Sul e América do Norte. A Austrália / Pacífico tem a menor quantidade, somente três rios e na Europa, incluindo as áreas oeste do Ural, só tem um grande rio, o Pechora na Rússia, que flui livre desde sua nascente até o mar.

Para o IV Fórum Mundial da água no México de 16 a 22 de março, o WWF está chamando os governos para melhor proteger o curso livre dos rios e aplicar as recomendações da Comissão Mundial de Represas.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Cientistas pedem investimento pesado em energias renováveis

O potencial de países como o Brasil para a geração de energia por meio de fazendas eólica é gigantesco e o custo (financeiro e ambiental) bem menor do que o de fontes sujas como a nuclear.

São Paulo, Brasil — Relatório do conselho que reúne academias de ciências de todo o mundo recomenda aplicar US$ 18 bilhões por ano em fontes limpas para reduzir emissões dos gases do efeito estufa.

O conselho InterAcademy, que reúne as principais academias de ciência do mundo, lançou esta semana o relatório Iluminando o Caminho que propõe investimentos das grandes economias do mundo em energia limpa e renovável, além de programas de eficiência energética. O estudo contou com a coordenação do professor José Goldemberg, da USP.

Segundo o documento, é preciso um investimento de US$ 18 bilhões por ano até 2012 em energia limpa, o dobro do que se gasta hoje, para reduzir as emissões de gases de efeito estufa do planeta. O professor Goldemberg, em entrevista à Folha de São Paulo, defendeu a criação de programas de eficiência energética e uma melhor distribuição da energia como os grandes desafios para as próximas décadas

“O lançamento de relatórios cientificamente respeitados, que proponham a redução de emissões de gases de efeito estufa por meio da diversificação da matriz energética mundial com a ampliação do uso das energias renováveis e de medidas de eficiência energética, é fundamental para o combate às mudanças climáticas e confirma as principais recomendações propostas pelo relatório [R]evolução Energética", afirmou Ricardo Baitelo, coordenador da campanha de Energias Renováveis do Greenpeace Brasil.

Clique aqui para baixar o estudo da InterAcademy (texto em inglês).

Saiba mais:
Um futuro brilhante e multibilionário para a energia solar

Investimento em energias renováveis pode gerar economia de US$ 180 bilhões por ano

Matéria retirada do site do greenpeace brasil.

Uma janela se abre para o mundo das grandes baleias do Pacífico Sul

Primeiros resultados da Trilha das Grandes Baleias revelam detalhes da migração de jubartes rumo à Antártida e empolgam cientistas envolvidos no projeto.

Marcar baleias com sensores, para rastreá-las por satélite, não é uma tarefa fácil. Na verdade, estudar baleias no seu próprio habitat nunca foi fácil, e talvez isso seja o mais estimulante de todo esse trabalho do projeto A Trilha das Grandes das Grandes Baleias. Apesar das muitas dificuldades, os cientistas do projeto conseguiram marcar 20 baleias e seguir sua migração por dois meses. Os resultados foram incríveis.

Conheça aqui o perfil de cada uma dessas baleias.

A Trilha das Grandes Baleias é uma colaboração do Greenpeace e cientistas que trabalham com baleias Jubartes no Pacífico Sul. Com o nosso apoio financeiro, um pequeno grupo de baleias jubartes pode ser estudado e marcado pelo Cook Islands Whales Research e pelo Opération Cétacés, da Nova Caledônia.

Quer ver como funciona isso? Assista ao nosso Canal das Baleias.

A equipe de cientistas conta com nomes renomados como Claire Garrigue, da Operation Cétacés. Ela estuda baleias Jubartes na Nova Caledônia, onde as mesmas se reproduzem. Estima que essa população apresenta menos que 100 indivíduos, e ainda pouquíssimos sinais de recuperação após o período de caça. Há fortes suspeitas de que as jubartes da Nova Caledônia migram para áreas de alimentação, onde estarão sendo objeto de caça científica dos japoneses nessa próxima estação.

Saiba aqui porque a caça a baleias em nome da ciência é uma grande piada de mau-gosto.

Outro nome importante que faz parte do projeto é Nan Hauser, da Cook Islands Whale Research. Ela pesquisa baleias Jubartes e normalmente consegue foto-identificar através da cauda cerca de 60-70 baleias por estação.

Claire pode fotografar uma baleia no sul da Nova Caledônia e em poucas semanas, ou até anos, Nan Hauser pode ver e registrar a mesma baleia a uma milha da costa de Rarotonga (nas Ilhas Cook) apenas com base nos desenhos em suas caudas.

Essas combinações dos desenhos das caudas são muito importantes cientificamente, mas o movimento entre esses dois pontos no tempo e espaço é, ainda hoje, um mistério.

Em agosto e setembro desse ano, Garrigue e Hauser, trabalhando junto com um cientista brasileiro do Instituto Aqualie, conseguiram marcar com sensores 20 baleias jubartes – 12 na Nova Caledônia e 8 nas Ilhas Cook. Todos os cientistas, mais a equipe do Greenpeace e nossos colaboradores e voluntários estavam aguardando ansiosos pelas respostas dos sensores.

“Hoje podemos afirmar que estamos todos muito felizes com o resultado dos sensores, que transmitiram sinais das baleias por dois meses”, afirma Leandra Gonçalves, coordenadora da Campanha de Baleias do Greenpeace Brasil.

"A marcação de baleias por satélite pode nos fornecer informações críticas sobre a estrutura da população e seu comportamento. Embora todos os sensores pararam a transmissão antes de qualquer baleia ter alcançado a Antártida, a informação conseguida nesses dois meses foi sensacional, e mostrou ser mais importante do que os programas de caça científica japonesa têm conseguido”, afirma Leandra Gonçalves.

Acompanhe no blog Oceanos, o dia-a-dia de Leandra no projeto A Trilha das Grandes Baleias.

Das 12 baleias da Nova Caledônia, algumas viajaram da área costeira do sul, pela área oceânica, para um distante banco de corais no sudeste, e algumas baleias permaneceram lá por longos períodos.

Confira aqui o mapa com a movimentação das baleias pelo Oceano Pacífico.

Até a realização da Trilha das Grandes Baleias, ninguém tinha idéia da importância da migração oceânica dessas baleias. Garrigue já está planejando um trabalho de foto-identificação e genética para a próxima temporada de reprodução nas Ilhas Nova Caledônia, e os resultados dos sensores podem movimentar esforços futuros para proteger o ambiente dos corais até então desconhecido, e agora com a presença das baleias.

Terra de Moby Dick

Uma dessas baleias surpreendeu a todos, deixou o sul da Nova Caledônia e se deslocou por toda costa oeste, centenas de milhas, para áreas de ilhas e corais conhecida como Chesterfields.

Isso trouxe aos pesquisadores a tona um registro histórico, porque no conhecido Dia de Herman Melville (isso mesmo aquele da história da Moby Dick), Chesterfields era um lugar onde se praticava a caça de baleia “yankee” no século 19. Ou seja, aí está a explicação para a ausência das baleias nessa área por um longo tempo.

Algumas baleias da Nova Caledônia se deslocaram para as Ilhas Norfolk e/ou para a costa norte da Nova Zelândia, preenchendo agora um passo chave no conhecimento prévio nessa população. Os cientistas sempre pensavam que as baleias iam para a Nova Zelândia, mas precisavam dessa confirmação, sobre sua migração.

Os movimentos entre essas duas areas são importantes, porque as baleias não têm mostrado sinais de recuperação dos tempos da caça em nenhuma dessas áreas e assim a ligação entre elas tem significativas implicações para a conservação desses animais.

Em todo esse contexto também pudemos concluir que as baleias marcadas na Nova Caledônia em nenhum momento foram para a Austrália, o que nos dá razões para acreditar que existem duas populações distintas na região.

Surpresa nas Ilhas Cook
O comportamento de oito baleias do grupo de 20 foi uma grande surpresa no entorno das ilhas Cook. Em vez de se espalharem e viajarem em diferentes direções, todas foram juntas para o oeste.

Uma das baleias viajou no sentido de Samoa, enquanto que outras se moveram para um complexo de ilhas e corais próximo à Tonga. Isso pode indicar que as baleias entram nas Ilhas Cook num tipo de 'onda' que as leva para as ilhas do leste, mas os cientistas ainda não podem afirmar - embora os movimentos tem sido observados entre as jubartes fotografadas em uma outra área de reprodução no Caribe.

Uma outra surpresa: nenhuma das baleias da ilhas Cook, diferente das observadas nas ilhas da Caledônia, mostrou qualquer sinal de seguir sentido do continente antártico. A variabilidade desses movimentos, e a consistência com a qual os animais das Ilhas Cook viajaram para oeste, têm importantes implicações para uma variedade de assuntos que seguem desde a estrutura de uma população rara e ameaçada até como esses animais navegam.

Dê nome às baleias

Nos próximos meses, cientistas vão trabalhar em mais detalhes do movimento desses animais, procurando respostas para afirmar se eles têm alguma relação com as características dos oceanos, como corais, correntes, fundo oceânico ou talvez até campo magnético – todos podem ter influência nos mecanismos que levam as jubartes em sua jornada pela imensidão dos oceanos.

Ainda estamos na expectativa para ver se um ou mais sensores voltam a transmitir sinais, mas todas as nossas baleias estão agora em nossa base de dados virtual para pesquisadores do mundo todo. E você pode ajudar a batizar cada uma delas, votando nos melhores nomes que foram escolhidos por internautas de todo o mundo. A votação começa no próximo dia 19 de novembro. Fique atento!

greenpeace.org.br

CARTA ABERTA DE ARTISTAS BRASILEIROS SOBRE A DEVASTAÇÃO DA AMAZÔNIA



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quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Pergunta que não quer calar: de quem são as terras na Amazônia?


Manaus (AM), Brasil — Casa Civil chama ações urgentes para cadastrar proprietários de terra e definir quem são os responsáveis pelos desmatamentos na região amazônica.

A Casa Civil divulgou carta de recomendações para que o poder público, a sociedade civil e o setor produtivo agilizem o cadastramento e o licenciamento ambiental das propriedades rurais na Amazônia.

A carta traz a recomendação de que os governos federal e estaduais trabalhem conjuntamente para o cadastramento e o licenciamento das propriedades rurais. Recomenda também ao setor produtivo que utilize mecanismos de crédito e comercialização para estimular os produtores a regularizarem suas terras.

Confira aqui a íntegra da carta.

O documento é resultado da oficina Licenciamento Ambiental Rural e Regularização Fundiária na Amazônia Legal, realizada na Embrapa, em Brasília, dias 30 e 31 de outubro. A iniciativa faz parte dos esforços do Grupo de Trabalho da Soja para implementar a moratória da soja, compromisso assumido pelo setor do agronegócio de não comercializar grãos provenientes de novas áreas desmatadas a partir de julho de 2006, por dois anos.

Em suas apresentações, os representantes dos estados apontaram os avanços feitos nos cadastramento e no licenciamento das propriedades rurais, mas ressaltaram que existe carência de infra-estrutura e recursos humanos para sua efetiva implementação.

A Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais (Abiove), representando as maiores exportadoras de soja do país, apresentou a sua proposta de monitoramento da moratória da soja e se comprometeu a exigir que, até 2010, todos os seus fornecedores estejam regularizados.

“A reunião foi um passo importante rumo ao mapeamento dos problemas do uso do solo na Amazônia e demonstrou a urgência de formarmos um cadastro de propriedades rurais. O setor privado e os governos sabem que, sem este cadastro, o desmatamento continuará sem dono”, comentou Paulo Adario, coordenador da campanha Amazônia do Greenpeace.

O evento foi organizado pela Casa Civil, em parceria com o Grupo de Trabalho da Soja, do qual o Greenpeace faz parte. Participaram representantes de organizações da sociedade civil, do agronegócio, da Casa Civil, do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), do Ministério do Meio Ambiente e dos órgãos estaduais de meio ambiente e institutos de terra de oito estados que compõem a Amazônia.

www.greenpeace.org.br

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Turismo responde por 5% de emissões de gás-estufa


Se fosse um país, o turismo seria o quarto maior poluidor, à frente de Japão e Alemanha.

Se o turismo fosse um país, figuraria como o quarto maior poluidor de CO2 do mundo, à frente do Japão e da Alemanha. Dados publicados ontem pela Organização das Nações Unidas (ONU) estimam que o setor gere 5% de todas as emissões no mundo (1,3 milhão de toneladas) e que, em 2035, os valores irão dobrar.

"No futuro, o maior desafio para o turismo será o clima", diz o texto. Desde ontem, em Davos, ministros de todo o mundo, especialistas e organizações internacionais tentam elaborar uma estratégia que torne o setor compatível com as preocupações climáticas. Só o transporte corresponde a 75% das emissões do turismo.

Hoje, o turismo internacional gera US$ 800 bilhões, US$ 205 bilhões nos mercados de países em desenvolvimento. Para 45 governos do Caribe e outras regiões menos favorecidas, responde por 40% do PIB. O Fórum Econômico Mundial estima que o setor é o que mais cresce no mundo. Segundo a Organização Mundial do Turismo, o número de passageiros internacionais dobrará até 2020, chegando a US$ 1,6 bilhão/ano.

O que preocupa os especialistas é que, em 30 anos, as emissões vão dobrar se nada for feito. Nesse cenário, o setor aéreo representará 52% das emissões, algo que não seria compatível com as metas mundiais. Mas, se todas as novas tecnologias disponíveis forem adotadas, a possibilidade é que as emissões sejam reduzidas.

Os europeus sugerem que o setor aéreo estabeleça limites e pague altas taxas se passar de um teto a ser criado, mas encontra a resistência de países emergentes, como o Brasil. Assim como em outras áreas, o governo quer evitar que turismo e companhias aéreas adotem, por enquanto, tetos para a emissão de gases-estufa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.