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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Quem é esse tal de Higgs?

Por João Paulo Monteiro

A maior descoberta das últimas décadas está em todo lugar! O Bóson de Higgs, raro e recém "fotografado" ainda não tem aplicação de fato no cotidiano social. De qualquer forma, conhecer a fonte de tudo que nos cerca, inclusive de nós, seres humanos, não deixa a menor dúvida de que o feito será lembrado por toda a história. 

Imagem do Bóson de Higgs/internet
São diversas as explicações dadas pelos os veículos de comunicação, que tentam chegar próximo ao real significado de forma clara do que seja o Bóson de Higgs ou Partícula de Deus prevista em 1964 pelo físico inglês Peter Higgs. 

Consumindo energia equivalente a de uma cidade de 100mil habitantes temos o LHC, acelerador de partículas da Organização Européia para Pesquisa Nuclear, que opera 24 horas por dia e à incrível velocidade da luz! O projeto foi proposto em 1984 e sua construção começou somente em 1998. Composto por ímãs supercondutores o maquinário encontra-se a 100 metros de profundidade no subterrâneo entre a fronteira da França e Suíça. Dez anos depois e um investimento aproximado em 10bilhões de dólares começaram os primeiros testes, contudo somente em 2012 foi achada a nova partícula.

A função do LHC é acelerar feixes de energia formados por prótons, partículas encontradas no núcleo do átomo em direções opostas que quando colidem liberam uma enorme quantidade de energia. A probabilidade de gerar um Higgs com o choque entre as partículas de prótons é de 1 em 100bilhões, até então já foram analisadas mais de 800trilhões de colisões em busca do tímido Bóson.

A descoberta, por enquanto não tem aplicação e nem sequer afeta a vida no planeta. O mesmo foi dito na descoberta do elétron no século XIX e hoje é considerado um dos principais responsáveis pela revolução tecnológica. Da mesma forma temos o nêutron, descoberto em 1932, o qual tem como principal utilização a produção de energia nas usinas nucleares ou o abastecimento de submarinos.

Talvez não veremos a aplicação do Bóson nas próximas décadas, mas essa descoberta, se usada de forma correta, pode ser a solução para a difícil busca por uma fonte de energia limpa e eficaz. São experimentos necessários e investimento que possibilitará o futuro para as próximas gerações. A energia liberada pela colisão das partículas de prótons é uma alternativa consideravelmente válida como substituta aos combustíveis fósseis que agridem o clima e consequentemente ameaçam a existência humana na Terra.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Reintrodução de leões criados em cativeiro fracassa na África

Marcus Farah

Para cientistas, felinos de cativeiro não sobrevivem em áreas selvagens.
Ações de libertação são chamadas de 'comerciais' e 'mito' pela pesquisa. 

Criadora cuida de leão macho nascido em cativeiro na Namíbia, África (Foto: Luke Hunter/Panthera)

Operações de reintrodução de leões criados em cativeiro nas áreas selvagens da África têm feito muito pouco pela conservação destes animais, afirma um estudo divulgado nesta terça-feira (31) pela revista Oryx. Ações deste gênero, que podem envolver turistas, são classificadas como "comerciais" e "mitos" pelos cientistas responsáveis pela pesquisa.
 
Elaborada por uma equipe de biólogos da Panthera, unidade especializada em felinos da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na tradução em inglês), a pesquisa considera que há um "mito de conservacionismo" em operações deste gênero, quase sempre fracassadas. O estudo demonstra que nenhum leão criado em cativeiro foi realocado de maneira bem-sucedida no meio selvagem.
 
Conhecidas como "Encontros de Vida Selvagem", estas operações cresceram nos últimos 20 anos, principalmente no sul da África, segundo os pesquisadores. A avaliação deles é que os leões nascidos em cativeiro e suas crias acabam não sobrevivendo quando libertados, em comparação com felinos criados em meio selvagem.
 
O potencial de estudo destas operações reside na avaliação do papel que os leões nascidos em cativeiro têm. O fato deste tipo de ação existir permitiu aferir que os felinos que nasceram em jaulas não devem ser reintegrados a ambientes selvagens, na opinião dos cientistas.
 
Leões selvagens foram deslocados e monitorados por mais de 40 parques do sul da África nas últimas duas décadas, de forma bem-sucedida, diz o estudo. Mais de 500 felinos foram recolocados nos meios selvagens desta maneira, ainda de acordo com a Panthera.

Reportagem retirada do site G1 da Globo, que pode ser acessado, clicando aqui.