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sábado, 7 de junho de 2008

Leões nascidos na Romênia chegam a 'santuário' sul-africano

Nove filhotes que não tinham tratamento certo em zoológico romeno foram transferidos.

Eles foram colocados em local temporário no santuário sul-africano de Lions Rock Big Cat.

Foto: Jerome Delay/AP
Os leões foram colocados em um local temporário no santuário sul-africano de Lions Rock Big Cat. (Foto: Jerome Delay/AP)

Foto: Jerome Delay/AP
Nove filhotes de leão, um adulto e uma tigresa foram enviados de zoológicos da Romênia para serem libertados na África do Sul (Foto: Jerome Delay/AP)

Fonte: g1.com.br

Golfinhos brincam com surfistas na Austrália


Ao menos dois golfinhos brincaram com surfistas durante Festival de Surfe nas ondas da região de Manly Beach, em Sydney.

Fonte: g1.com.br

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Governo anuncia novas medidas de proteção ao meio ambiente

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta quinta-feira (5), em Brasília, várias medidas na área ambiental, em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente. Entre elas a criação de três unidades de conservação (UCs) na região Amazônica - as Reservas Extrativistas do Rio Xingu (PA) e de Ituxi (AM) e o Parque Nacional de Mapinguari (AM) - e o encaminhamento, ao Congresso Nacional, da proposta de Projeto de Lei que institui a Política Nacional sobre Mudança do Clima.

O presidente assinou, ainda, dois decretos. O primeiro altera o artigo 3º do decreto 4722, que estabelece critérios para exploração do mogno. A redação anterior proibia, por um período de cinco anos, - a partir da data de publicação deste decreto, o abate de árvores da espécie Swietenia macrophylla King (mogno), em áreas autorizadas para o desmatamento. A nova redação proíbe definitivamente o abate das árvores, - inclusive em áreas nas quais seja autorizada a supressão de vegetação.

O segundo decreto cria um Grupo Interministerial para apresentar propostas para criação e funcionamento do Fundo Amazônico. Esse grupo será formado pelos ministérios do Meio Ambiente, das Relações Exteriores, do Desenvolvimento e da Fazenda, além da Casa Civil.

Durante a solenidade, no Palácio do Planalto, Lula afirmou que não é egoísta e que quer partilhar com a humanidade os benefícios da preservação ambiental da Amazônia. "Queremos partilhar com a humanidade, queremos que todos respirem o ar verde produzido pelas nossas florestas". Lula disse acreditar que, em maneira de preservação ambiental, não existe no mundo um exemplo como o Brasil. "A Europa, por exemplo, só tem 0,3% da sua floresta nativa em pé. O Brasil ainda tem 69%", acrescentou. O presidente defendeu punição mais rígida para as pessoas que fazem queimadas na Amazônia.

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, destacou a criação do grupo de trabalho interministerial que irá acertar os detalhes do Fundo de Proteção e Conservação da Amazônia. Ele disse que, embora vá receber doações nacionais e internacionais, o fundo será soberano. "O Fundo será 100% autônomo e vai permitir aplicar centenas de milhares de dólares na região", disse, acrescentando que os doadores não terão assento na administração do fundo e, portanto, não poderão interferir em qualquer decisão. Em um prazo de um mês, Minc espera estar pronta a proposta de criação do Fundo de Proteção e Conservação da Amazônia. Segundo o ministro, a idéia é captar recursos de forma autônoma que serão gerenciados pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Minc também adiantou que nos próximos dias se reunirá com os produtores de óleo vegetal para reforçar a declaração de moratória por mais um ano contra aqueles que adquirem soja plantada em áreas de desmatamento. "Não se comprará soja oriunda do desmatamento da Amazônia", disse. Ele lembrou, ainda, que no dia 1º de julho será colocada em vigor a decisão do CMN (Conselho Monetário Nacional) que limita a concessão de créditos para os proprietários que utilizam de forma irregular a terra. Segundo ele, a medida não será flexibilizada apesar da pressão que o governo federal recebeu.

Mudança do Clima - O Projeto de Lei que institui a Política Nacional sobre Mudança do Clima, encaminhado nesta quinta-feira pelo presidente Lula ao Congresso Nacional, norteará o Plano Nacional sobre Mudança do Clima, bem como outros programas, projetos e ações relacionados, direta ou indiretamente, à mudança do clima, que sejam implementados nos três níveis da federação.

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse que o PL será discutido e aperfeiçoado nas comissões do Congresso, onde já tramitam outros projetos nesta área, que precisarão ser integrados à proposta do governo. "O PL é muito importante porque cria mecanismos para que tenhamos periodicamente inventário de emissões, incentivos a tecnologias limpas e medidas de adaptação e de mitigação", acrescentou.

O texto é resultado do trabalho do Grupo Executivo, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e composto por outros seis ministérios, além do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas e da Casa Civil. Esse grupo realizou dez reuniões para elaborar o documento que foi, posteriormente, enviado e aprovado pelo Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima (CIM), formado por 16 ministérios e pelo Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, coordenados pela Casa Civil. Tanto o Grupo de Trabalho quanto o Comitê Interministerial foram criados por decreto presidencial em novembro de 2007.

De acordo com a proposta de PL, a Política Nacional sobre Mudança do Clima tem dois objetivos: um, reduzir as emissões reduzir as emissões de fontes de gases de efeito estufa decorrentes da atividade humana e fortalecer as remoções antrópicas por sumidouros de gases de efeito estufa no território nacional, outro, definir e implementar medidas para promover a adaptação à mudança do clima das comunidades locais, dos municípios, estados, regiões e de setores econômicos e sociais, em particular aqueles especialmente vulneráveis aos seus efeitos adversos. Esses objetivos deverão estar em consonância com o desenvolvimento sustentável e buscar, sempre que possível, o crescimento econômico, a erradicação da pobreza e a redução das desigualdades sociais.

A Política Nacional será implementada pelo Plano Nacional sobre Mudança do Clima, por meio de ações e medidas que objetivem a mitigação da mudança do clima e a adaptação aos seus efeitos. O Plano deverá ser estruturado com base em quatro eixos: mitigação, vulnerabilidade, impacto e adaptação; pesquisa e desenvolvimento; e capacitação e divulgação. Para elaboração do Plano serão realizadas consultas públicas para manifestação dos movimentos sociais, das instituições científicas e de todos os demais agentes interessados no tema, com a finalidade de promover a transparência do processo de elaboração e de implementação do Plano.

Tanto o Plano quanto a Política Nacional sobre Mudança do Clima vêm se somar aos esforços que o governo brasileiro vem desenvolvendo para mitigar as emissões dos gases de efeito estufa, como o Plano de Ação de Prevenção e Controle do Desmatamento, que envolve 13 ministérios e resultou na redução de 59% na taxa de desmatamento de 2004 a 2007. Esse trabalho evitou a emissão de cerca de meio bilhão de toneladas de CO2 na atmosfera no período e equivalente a 14% das reduções preconizadas para todos os países desenvolvidos no primeiro período de compromisso do Protocolo de Quioto que se estende de 2008 a 2012.

Novas UCs - As reservas extrativistas do Rio Xingu, no Pará, e de Ituxi, no Amazonas, e o Parque Nacional de Mapinguari, também no Amazonas, somam uma área total de 26.532 Km2 e fecham um "cinturão verde" que, além de proteger a biodiversidade dentro de seus limites, devem conter o avanço da fronteira agrícola dentro do bioma Amazônia. Com as novas unidades, a Amazônia passa a ter 610.819 Km2 de áreas protegidas, o que representa 14% do bioma.

Ao anunciar a criação das novas unidades de conservação, Minc observou que elas representam duas vezes e meio a área desmatada no bioma no ano passado. "Temos que correr atrás do prejuízo: diminuir o desmatamento e preservar mais do que aquilo que se desmata".

Entre os convidados na solenidade de assinatura do decreto, no Palácio Planalto, representantes das comunidades que vivem nas áreas das Resex. Falando em nome delas, o presidente da Associação de Moradores do Médio Xingu, Herculano Costa da Silva, falou do significado da medida, que, garantindo a proteção das áreas, garantem também o trabalho das famílias que vivem da extração dos produtos florestais e estavam ameaçados pelo avanço da desmatamento.

Rerserva Extrativista do Rio Xingu - Tem 3.038 km2 e está localizada em Altamira, no estado do Pará (PA), uma das regiões mais conflituosas do estado em função da ação de grileiros. Abrange áreas de floresta densa, floresta aberta e savana. Habitam na área, hoje, cerca de 50 famílias, com um total de 250 habitantes que vivem tradicionalmente do extrativismo. Os produtos florestais mais explorados na área são a castanha-do-pará, os óleos de copaíba e andiroba, o babaçu e outros produtos vegetais não-madeireiros, como frutos (patoá, bacaba, açaí, uxi), cipós (timbó), e plantas medicinais. Veja mapa.

Reserva Extrativista Ituxi - Localizada no município de Lábrea, no Amazonas, a Resex tem uma área aproximada de 7.769 km2 cobertos de florestas de terra firme, várzea, roçados e capoeiras, que apesar de serem geograficamente próximas apresentam características muito peculiares e extrema riqueza biológica. A população da Resex é de aproximadamente 500 habitantes, organizados em 20 comunidades extrativistas. As famílias vivem da extração de frutos, óleos e outros produtos vegetais sazonais tais como a castanha, andiroba, borracha natural, copaíba, açaí, uxi e alguns cipós. A pesca tradicional nos lagos e igapós da região também é importante fonte de renda e subsistência da comunidade. Veja mapa

Parque Nacional do Mapinguari - Tem uma área de 15.724 km2 localizado nos municípios de Canutama e Lábrea, no Amazonas. Está destinado a preservar ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, com destaque para importantes encraves de savana entre os vales dos rios Purus e Madeira. É uma área de grande heterogeneidade ambiental, apresenta diversos ecossistemas isolados e únicos que com grande potencial para a pesquisa científica e visitação pública, com programas de educação ambiental, recreação em contato com a natureza e turismo ecológico.

Os limites do Parque Nacional Mapinguari excluem as faixas de servidão do gasoduto Urucu-Porto Velho e seus futuros ramais. Também será permitida a navegação de embarcações pelos rios Açuã e Mucuim, que cortam o Parque. Veja mapa



Fonte: www.mma.gov.br

quinta-feira, 5 de junho de 2008

'Todo mundo acha que pode meter dedo na Amazônia', diz Lula

Ele reclamou de palpiteiros e disse que eles querem definir o que deve ser feito na floresta.
Lula enviou ao Congresso projeto de lei com Política Nacional sobre Mudanças Climáticas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira (5), durante cerimônia do Dia Mundial do Meio Ambiente, que há muitos palpiteiros sobre a questão da Amazônia e que eles “não têm autoridade moral” para sugerir políticas de preservação.

Lula aproveitou a data para enviar ao Congresso um projeto de lei criando a Política Nacional sobre Mudanças Climáticas e decretou a criação de três novas unidades de conservação ambiental.

“Eu de vez em quando acho que a Amazônia é como aqueles litros de água benta que têm na igreja, todo mundo acha que pode meter o dedo. Basta ser católico e entrar na igreja que quer colocar o dedo para se benzer. E é muita gente dando palpite. Não é que nós não queiramos ajuda, não é que nós não queiramos partilhar os conhecimentos que precisamos ter da Amazônia, não é que nós não queiramos produzir projetos conjuntos. Nós não podemos permitir que as pessoas tentem ditar as regras no que a gente tem que fazer na Amazônia. Posso dizer para vocês que palpites não faltam. E de pessoas que não têm autoridade política para fazer isso, pessoas que desmataram o que tinha e o que não tinha, pessoas que emitem CO2 como ninguém”, criticou o presidente.

Segundo ele, o Brasil não teme os debates internacionais sobre o tema e está disposto a colaborar, mas não abrirá mão da soberania de suas decisões.

“Somos tão solidários, que o território é nosso, mas os benefícios causados pela preservação que estamos produzindo, queremos compartilhá-lo com a humanidade porque queremos que todos respirem o ar verde produzido pelas nossas florestas”, afirmou.

Para Lula, há muito que comemorar do Dia Mundial do Meio Ambiente. “Temos muito o que comemorar no dia de hoje, pelo que já fizemos”, disse.

Unidades de conservação

O projeto de lei que institui a Política Nacional sobre Mudanças do Clima vai nortear o Plano Nacional sobre Mudança do Clima e outras ações a serem implementadas nos três níveis da Federação sobre o tema.

Lula assinou ainda decretos criando três novas unidades de conservação, duas extrativistas e um parque nacional, que representam mais 2,6 milhões de hectares.

As reservas extrativistas (Resex) a serem criadas são Médio Xingu, no Pará (303,8 mil hectares), e Ituxi, no Amazonas (776,9 mil hectares). O Parque Nacional de Manpiguari (1,6 milhão de hectares) está localizado nos municípios de Canutama e Lábrea, no Amazonas.

Fonte: www.g1.com.br

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Ciclone extratropical se forma no Sul do país

Fenômeno deve atingir litoral de SC entre segunda e terça-feira.

Oeste catarinense e região de Foz do Iguaçu podem ter temporais.


Um novo ciclone extratropical e uma frente fria estão se formando e devem atingir o litoral de Santa Catarina entre segunda e terça-feira, segundo previsão da Climatempo. As simulações da circulação de ventos na atmosfera, feita pelos computadores, indicam que o ciclone extratropical deve estar completamente organizado na costa catarinense até a noite de terça-feira.

O sistema não deve ser forte como o que foi observado no início de maio - que provocou chuvas torrenciais e ventos de 100 km/h a 120 km/h entre o sul de Santa Catarina e a região de Porto Alegre, causando graves danos, com muitas árvores arrancadas e inundações. Desta vez, a chuva mais intensa deve acontecer sobre Santa Catarina.

Neste final de semana, uma onda de frio derrubou a temperatura na região. No sábado, os termômetros marcaram -4,6ºC em Caçador (SC), -4,2ºC em São Joaquim (SC) e -3,7ºC em Cambará do Sul (RS).

As nuvens pesadas devem começar a se formar na noite de segunda-feira na fronteira com o nordeste da Argentina e o Paraguai. O oeste catarinense e a região de Foz do Iguaçu, no sudoeste do Paraná, podem ter temporais. As áreas de chuva forte se espalham rápido e já na madrugada e na manhã de terça-feira são esperadas chuvas fortes por todo o Estado de Santa Catarina e também em algumas cidades do planalto, da serra e do litoral norte do Rio Grande do Sul.

O mar deve ficar agitado e as ondas crescem rapidamente, entre o litoral norte do Rio de Grande do Sul e a região de Florianópolis, com as ondas podendo chegar aos 3 metros. O ciclone extratropical deve avançar rapidamente e deve passar por São Paulo na quarta-feira e até a noite atinge a altura do Rio de Janeiro com o Espírito Santo, mas já enfraquecido.


Fonte: www.g1.com.br

Abin investiga sueco que comprou terras na Amazônia

Johan Eliasch controla fundo de investimentos que comprou madeireira na região.

Ele também é fundador de ONG que administra áreas sob suspeita.

O multimilionário sueco Johan Eliasch começou a ser investigado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no ano passado. Chamaram a atenção da agência as notícias da imprensa estrangeira de que ele estaria comprando, desde 2005, muitas terras na região amazônica com o argumento de proteger a floresta. As terras, nos municípios de Manicoré e Itacoatiara, somam 160 mil hectares, área maior que a cidade de São Paulo.

As investigações da Abin ainda não são conclusivas, mas um relatório preliminar informa que nenhuma terra na Amazônia está registrada em nome dele. O que a Abin já conseguiu descobrir é que os negócios de Johan Eliasch no Brasil seriam feitos por meio de um fundo de investimentos que comprou terras da madeireira Gethal. O sueco seria, segundo a agência, o principal controlador desse fundo.

O fundo de investimentos é registrado nos Estados Unidos, no estado de Delaware, o que dificulta a investigação da Abin, porque a legislação de lá não permite a divulgação dos nomes dos sócios das empresas. No relatório, a agência destaca que esse controle indireto da terra não é ilegal, mas uma forma de aproveitar "lacunas da legislação brasileira" para comprar terras na Amazônia.

Além dos negócios feitos através do fundo de investimentos, Johan é um dos fundadores da ONG Cool Earth, que atua na Amazônia, e também é investigada pela Abin. A agência identificou cinco áreas, num total de 145 mil hectares, que seriam administradas pela ONG. Duas dessas áreas, segundo a investigação, levantam suspeitas.

Cristalino e Teles Pires, na divisa dos estados de Mato Grosso e Pará, somam 130 mil hectares. Teles Pires está em terras públicas, do governo; o parque estadual do Cristalino, em Mato Grosso, é uma área da Força Aérea Brasileira, na Serra do Cachimbo, no Pará.

O relatório da Abin diz, textualmente, que esses dois projetos estão ladeados "por solicitações de pesquisa geológica de reservas de ouro". E destaca que "esta região repousaria sobre formação geológica rica em lamprófiro, mineral encontrado em áreas de jazidas de diamante".

O relatório informa ainda que "diferentemente do que atesta o certificado emitido pela ONG, há áreas já desmatadas e duas pequenas centrais hidrelétricas nos rios Nhandu e Rochedo".

Pela internet, a Cool Earth pede doações para preservar a floresta Amazônica. Segundo a Abin, há indícios de que a cobrança seja uma fraude. A agência considera mais grave o caso dos projetos em terra pública porque aí a ONG estaria criando direitos para estrangeiros sobre áreas brasileiras, à revelia das leis nacionais.

Fantástico - Por que o senhor se interessou pela questão da floresta amazônica?

Johan Eliasch - Sou uma pessoa que adora árvores e que sempre se preocupou com o desmatamento. Foi assim que me interessei.

Fantástico - É certo dizer que o senhor está comprando a Amazônia um pedacinho de cada vez?

Johan Eliasch - Não, não de jeito nenhum. Eu tenho alguma terra na Amazônia através de uma empresa que eu comprei. Esse é o meu envolvimento é para a proteção dessas terras.

Fantástico - Quando comprou essas terras?

Johan Eliasch - Em 2005.


Fantástico - Quantos hectares?

Johan Eliasch - No total, cerca de 160 mil hectares.



Fonte: www.g1.com.br

domingo, 1 de junho de 2008

Mesmo sob proteção ambiental, Brasília não está livre da devastação

Número de processos por agressões à fauna, à flora e aos recursos hídricos quase triplicou de 2006 para 2007. Na capital, parcelamentos irregulares do solo e obras ilegais são os crimes mais cometidos.

Quase todo o território de Brasília está em área de proteção ambiental. Só a APA do Planalto Central, criada em 2002, cobre 60% do território. Ao todo, 93% das terras do Distrito Federal ficam em unidades de proteção, entre florestas nacionais, reservas de flora e fauna e regiões de preservação permanente. Mas as demarcações feitas para proteger o meio ambiente candango não foram suficientes. Os crimes ambientais estão crescendo na capital, o que coloca em risco a qualidade de vida e o futuro dos brasilienses.

Só no ano passado, foram abertos 445 inquéritos para apurar esses danos, número 198% superior à quantidade de processos instaurados em 2006, quando a Delegacia do Meio Ambiente (Dema) abriu 149 inquéritos. O número de processos praticamente triplicou em apenas um ano. Em grandes cidades como Rio de Janeiro e São Paulo, os principais crimes ambientais são a poluição do ar e de rios ou o tráfico de animais. Já em Brasília, a maioria dos inquéritos, autuações e processos abertos por crimes ambientais está relacionada ao parcelamento irregular do solo ou às construções ilegais. A proliferação de condomínios e as edificações à beira de córregos e do Lago Paranoá colocam em risco os recursos hídricos da capital e desmatam o cerrado.

Na próxima quinta-feira (05/06), será comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente. Para lembrar a data, o Correio fez uma radiografia dos crimes ambientais cometidos na capital federal e levantou os danos mais comuns à fauna e à flora da cidade. Além das obras irregulares, as poluições sonora, do ar e dos recursos hídricos estão entre os problemas mais comuns. Quem destrói o bioma não prejudica apenas o meio ambiente, mas também cria problemas de abastecimento de água e contribui para o surgimento de epidemias de doenças transmitidas por animais silvestres.

Dos 445 inquéritos instaurados pela Dema em 2007, 70 foram decorrentes de parcelamento ilegal do solo. Duas décadas após a disseminação dos condomínios irregulares na capital, os grileiros ainda agem na cidade. Os criminosos fatiam a terra sem nenhum planejamento urbano e vendem ilegalmente lotes em áreas nobres, como o Lago Sul, e também em regiões mais carentes, como Ceilândia. No condomínio Privê Morada Sul Etapa C, na região do Altiplano Leste, no Lago Sul, cinco pessoas já foram presas por crime ambiental e de parcelamento irregular do solo.

Depois de ocupar os terrenos, os moradores dos lotes ilegais fazem poços artesianos para manter o abastecimento de água e cavam fossas sépticas, para onde é enviado todo o esgoto produzido. Com o crescimento populacional dessas áreas, rapidamente o lençol freático é poluído pelos dejetos e o volume d’água, reduzido.

Fonte: www.correioweb.com.br

Chip em árvore é nova arma contra desmatamento

Projeto do IWF foi implantado em área da Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso.
Informações como nome, altura, diâmetro e localização ficam gravados no dispositivo.

Foto: Guilherme Filho/Secom-MT
Guilherme Filho/Secom-MT
Árvore ganha chip como medida de combate ao desmatamento (Foto: Guilherme Filho/Secom-MT)

Com o objetivo de combater a exploração ilegal de madeira, o Instituto Web Florestal Planet (IWF) desenvolveu um sistema para que as árvores tenham monitoramento e rastreamento eletrônico.

O IWF, instituto focado em soluções ambientais, testa o programa, em um projeto-piloto, em cem hectares de propriedade da Fundação Educacional Buriti, na região da Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso. O IWF tem sede em Brasília e representações na Inglaterra e Hong Kong.

Os chips nas árvores possibilitam a gravação de coordenadas e informações como nome, altura, diâmetro, volumetria, serraria de destino, entre outros elementos necessários para o monitoramento e rastreamento.

“Tradicionalmente, o sistema de manejo se dá por meio de plaquinhas de alumínio. Agora, elas começam a ser substituídas por chips, que impedem a manipulação de dados”, diz Paulo Borges, engenheiro florestal da IWF.

Verificação

Foto: Guilherme Filho/Secom-MT
Guilherme Filho/Secom-MT
Técnicos registram informações da árvore (Foto: Guilherme Filho/ Secom-MT)

Segundo Borges, o projeto de manejo por meio de plaquinhas apresenta fragilidade e com os chips passará a ser auditado. "Com a instalação deles, não será possível alterar dados, pois o chip trará informações específicas de cada árvore, com altura, diâmetro, nome popular, nome científico e localização", diz.

De acordo com Roberto Bucar, presidente do IWF no Brasil, o chip permite verificar se as árvores abatidas foram realmente enviadas às indústrias madeireiras que fazem parte do projeto de manejo. Caso a árvore saia da rota de destino final, o sistema notificará que ela foi levada para um destino diferente do previsto.

Para garantir segurança e confiabilidade no sistema, todo operador responsável pela coleta de dados deve ser identificado. Cada um terá uma senha (nome, RG e CPF) para fazer as leituras.

Segundo Borges, o chip é implantado não somente em árvores comercias, que são aquelas que possuem um diâmetro a partir de 142 centímetros. “As árvores que têm entre 90 e 141 centímetros também são chipadas e observadas para avaliar a capacidade de exploração futura”, afirma o engenheiro florestal.

Ainda de acordo com Borges, 10% das árvores comerciais são deixadas na floresta. Chamadas de porta-sementes, elas permanecem na área porque apresentam capacidade de reprodução e manutenção da espécie.

“Implantamos cerca de 1.000 chips nesta área de cem hectares. A intenção é ampliar o projeto para todo o estado de Mato Grosso, que sofre muito com ações de desmatamento. Posteriormente, queremos levar o projeto aos estados que compõem a Amazônia Legal”, diz Borges.

Fonte: www.g1.com.br