Pesquisa personalizada

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Tremor de terra no Ceará atinge 3,9 graus na escala Richter

Famílias estão desalojadas e foram acomodadas em barracas de lona.
População está em pânico, diz chefe do Laboratório de Sismologia da Defesa Civil.

Os tremores que atingiram a região Norte do Ceará na madrugada desta sexta-feira (29), alcançaram a magnitude de 3,9 graus na escala Richter, segundo informações da Defesa Civil do estado. Famílias estão desalojadas e foram acomodadas em barracas de lona em Sobral, cidade mais afetada pelo abalo.

Cerca de 100 tremores foram registrados em várias cidades do Ceará a partir das 2h. O chefe do Laboratório de Sismologia da Defesa Civil do estado do Ceará, Francisco Brandão Melo, disse ao G1 que a magnitude do tremor foi divulgada pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. "Esse foi o maior de todos."

Brandão disse que a população está apavorada. "O barulho foi forte e deixou os moradores em pânico. Isso já seria suficiente para as pessoas se acostumarem com o fenômeno, mas a gente sabe que as coisas não são simples. Muitas casas foram rachadas e destelhadas. Os danos foram muito grandes."


O laboratório de Sismologia da Universidade de Brasília (UnB) informou que ainda está analisando os registros do tremor de terra no Ceará, mas já adiantou que os gráficos indicam abalos sísmicos com intensidade entre 3,5 e 4,0 graus na escala Richter.

Ainda segundo a Defesa Civil, este ano já haviam sido registrados três abalos sísmicos na região. Os sismógrafos apontaram um abalo de 3,5 graus na escala Richter em 13 municípios, há cerca de dez dias.

Os especialistas explicam que esses abalos sísmicos são típicos dessa região do Nordeste, por conta da acomodação das placas terrestres. "A população vai ter de se acostumar com isso, porque a possibilidade de acontecer novamente é grande", disse Brandão.

www.g1.com.br

Cão é resgatado de incêndio nos EUA


Holly é um labrador de 14 anos de idade.
Ele estava no porão da casa quando o fogo começou.

Holly, um labrador de 14 anos, recebe oxigênio de uma bombeira após ser resgatado de um incêndio na casa onde vive, em Bloomsburg, na Pensilvânia, nos EUA (Foto: Keith Haupt/AP)

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Cientistas querem dar prótese biônica para tartaruga que perdeu nadadeiras


Allison perdeu três das suas quatro nadadeiras e travou luta pela sobrevivência.
Agora, seus tratadores querem que ela seja a primeira tartaruga biônica.

Quando turistas encontraram uma pequena tartaruga marinha toda ensangüentada e sem três de suas quatro nadadeiras no Texas, nos Estados Unidos, os responsáveis pelo hospital para animais ameaçados deram poucas chances de sobrevivência para o bichinho, que provavelmente foi atacado por um tubarão.

Mas a tartaruguinha perseverou, graças a injeções de antibióticos e uma dieta forçada de lulas. De alguma maneira, ela aprendeu a se movimentar com apenas uma nadadeira -- embora só gire em círculos anti-horários e precise empurrar seu corpo, agora com 4,5 kg, com a cabeça para sair da água para respirar.

"As feridas cicatrizaram muito bem. O problema é só que ela não nada direito", disse Jeff George, responsável pela Sea Turtle Inc, uma organização sem fins lucrativos para a preservação das tartarugas, que cuida de animais feridos e os devolve ao mar.

Agora, os tratadores da tartaruguinha esperam fazer dela o que acreditam que será a primeira tartaruga marinha com próteses de nadadeiras.

Tartarugas com três nadadeiras podem voltar ao mar. Com duas, elas conseguem sobreviver em cativeiro. Mas aquelas que têm apenas uma viram presa fácil de predadores ou de encontros com barcos motorizados.

Allison, batizada em homenagem à filha de um dos turistas que a encontrou, só foi salva porque um estagiário implorou por uma chance de cuidar dela. Desde então, a tartaruguinha se adaptou e cresceu até um tamanho normal para sua idade.

"Allison, desde o dia em que chegou, foi uma lutadora", disse Lucia Guillen, a biológa voluntária residente.


Apesar dos progressos, as chances de sobrevivência de uma tartaruga marinha -- que pode passar dos 200 quilos e viver mais de cem anos -- com apenas uma nadadeira são pequenas. E foi por isso que os tratadores tiveram a idéia de criar a "tartaruga biônica".

Um grupo de profissionais médicos e veterinários se voluntariou para ajudar a colocar uma nadadeira prostética na nadadeira traseira esquerda. Ali, Allison possui um pequeno pedaço de osso, que faciltaria a colocação da prótese, e deixaria difícil para ela tirar com a boca.

A pesquisadora da Universidade do Texas Sudarat Kiat-amnuay pretende desenvolver uma prótese com o mesmo tipo de plástico usado para criar membros artificiais em seres humanos. Por ser especialista na área odontológica, ela está acostumada a lidar com as pequenas ferramentas usadas em implantes dentários que provavelmente serão a melhor opção para ajudar Allison.

A técnica usada será a mesma que se utiliza para criar um nariz ou uma orelha artificial em humanos. Ela vai esculpir em cera um modelo de nadadeira e daí adaptá-lo para Allison. O plástico precisa antes ser testado em água do mar para garantir que ele vai agüentar. Kiat-amnuay afirmou que pretende até pintar a prótese a mão para combinar com a nadadeira normal de Allison.


www.g1.com.br

Para salvar o planeta, biólogo pede 'acordo de paz' entre ciência e religião


O leitor recém-chegado ao universo dos livros de divulgação científica deve achar que estamos de volta à era de Galileu e Giordano Bruno. Afinal, uma fieira um tanto repetitiva de obras recentes, como "Quebrando o encanto", de Daniel Dennett, e "Deus, um delírio", de Richard Dawkins, andou reeditando o velho conflito entre ciência e religião. "A Criação - Como salvar a vida na Terra", que acaba de chegar ao Brasil, é uma lufada de ar fresco justamente por se contrapor a essa tendência. Para usar as palavras da liturgia católica, o biólogo Edward O. Wilson se imbuiu do espírito "que arranca o que divide". A ciência e a fé precisam urgentemente de uma trégua, diz ele -- e o preço do fracasso nessas negociações de paz pode ser a própria vida na Terra.

Confira outras resenhas

Dependendo de como se vê a questão, o veterano Wilson pode ser a pior ou a melhor pessoa para negociar esse armistício. O pesquisador da Universidade Harvard, um dos maiores especialistas do mundo em biodiversidade, cresceu no sul dos Estados Unidos e foi membro da Igreja Batista, uma das mais fervorosas denominações evangélicas do mundo. Mais tarde, porém, deixou a religião de lado. Em um livro anterior, "Consiliência", Wilson defendeu a unificação do conhecimento humano sob a égide da ciência -- e com a religião, considerada obsoleta, de fora.

No entanto, ainda que tenha deixado o rebanho, uma coisa Wilson nunca perdeu: a sensibilidade poética trazida pela leitura da Bíblia e pelo cristianismo evangélico de sua juventude. Também nunca deixou de prestar atenção no crescimento da religião fundamentalista, dentro e fora dos EUA. E escolheu usar sua familiaridade com o universo mental dos cristãos conservadores para convidá-los a assumir a defesa da biodiversidade da Terra -- uma responsabilidade moral que ecoa os primeiros e mais sagrados mandamentos divinos transmitidos no Gênesis.

O momento para isso não podia ser mais crítico. Uma confluência impressionante de dados científicos sugere que a humanidade está comandando a pior extinção em massa desde o meteoro que mandou os dinossauros para uma melhor há 65 milhões de anos. A natureza está sob sítio. E o medo de Wilson é que os que abraçam a fé religiosa estejam ignorando seu papel de protetores do planeta para considerá-lo apenas uma fonte inanimada de matérias-primas e recursos, que os humanos podem tratar como quiserem.

Carta aos fiéis

Wilson estrutura seu longo apelo na forma de uma carta, endereçada a um pastor protestante do sul dos EUA e, portanto, conterrâneo cultural do próprio biólogo. Os argumentos para proteger a Criação divina não são, em si mesmos, originais: Wilson enfatiza a riqueza da biodiversidade como fonte dos medicamentos e alimentos do futuro, e como alicerce da sobrevivência humana: sem os demais seres vivos, serviços essenciais, como ar e água puros, fertilidade do solo e regularidade do clima desapareceriam, e nenhum sistema feito por mãos humanas poderia substituir o que a biodiversidade faz hoje de graça.

O que há de novo nesse apelo é a tocante humildade para cruzar barreiras, para estender a mão ao outro. Wilson tem a coragem de dizer que não se importa se seu interlocutor fundamentalista não acredita na evolução e acha que a Terra tem só 6.000 anos de idade. As visões diferentes sobre a natureza do Universo encolhem em importância quando o que se coloca na mesa são valores: a sacralidade do mundo vivo, a beleza da biosfera.

A mensagem, portanto, é clara: podemos concordar em discordar e, mesmo assim, agir lado a lado para evitar o pior para nós mesmos e para nosso planeta. Wilson pode não acreditar mais no Deus que criou os céus e a terra, mas qualquer pessoa religiosa é capaz de balançar a cabeça em aprovação ao ouvir sua defesa da Criação:

"Nenhuma palavra, nenhuma obra de arte, é capaz de capturar toda a profundidade e complexidade do mundo vivo. Se um milagre é um fenômeno que não conseguimos entender, então toda espécie é, de certa forma, um milagre." Amém, irmão Wilson.

"A Criação - Como salvar a vida na Terra"

Edward O. Wilson

Companhia das Letras

200 págs.

R$ 35,00


www.g1.com.br

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Salvador está mais amiga do que nunca da floresta amazônica

O secretário de governo Gilmar Santiago, representante do prefeito  João Henrique Carneiro (PMDB-BA), assina decreto municipal que cria  procedimentos para garantir o uso pela Prefeitura de madeira de origem  legal.
Salvador (BA), Brasil

O secretário de governo Gilmar Santiago, representante do prefeito João Henrique Carneiro (PMDB-BA), assina decreto municipal que cria procedimentos para garantir o uso pela Prefeitura de madeira de origem legal.


Salvador deu mais um passo na implementação do programa contra madeira ilegal. Decreto municipal assinado pelo secretário de governo, Gilmar Santiago, representando o prefeito João Henrique Carneiro (PMDB-BA) cria procedimentos para garantir que apenas madeira de origem legal seja utilizada pela prefeitura.

O decreto faz parte do programa Cidade Amiga da Amazônia, promovido pelo Greenpeace, para estimular a criação de leis locais que eliminem madeira ilegal e de desmatamento de todas as compras públicas de estados e municípios. Com isso, o programa deve ajudar a criar condições de mercado para a madeira produzida de forma responsável na Amazônia.

Atualmente, 64% da madeira extraída da floresta amazônica são consumidos pelo mercado brasileiro e 36% destinados à exportação. Cerca de 80% dessa produção tem origem ilegal e predatória.

Compradores públicos, como municípios, estados e órgãos do governo federal são responsáveis por cerca de um terço do consumo interno de mandeira.

“Isso significa que ainda hoje o dinheiro público financia o desmatamento na Amazônia. Esperamos que exemplos como o da cidade de Salvador e a futura adesão do estado da Bahia ao programa Estado Amigo da Amazônia mudem o rumo dessa história”, explica Adriana Imparato, representante da campanha da Amazônia do Greenpeace.

Estiveram presentes à solenidade de assinatura do decreto diversos secretários de governo, além de representantes do Grupo Ambientalista da Bahia (Gambá), Rogério Mucuge, e do Greenpeace, Adriana Imparato. Salvador aderiu ao programa do Greenpeace em abril de 2006, a bordo do navio Artic Sunrise.

Para tornar-se uma “Cidade Amiga da Amazônia” as administrações devem proibir o consumo de mogno, uma espécie ameaçada de extinção; exigir como por parte dos processos de licitação, provas da cadeia de custódia que identifiquem a origem legal e sustentável da madeira; dar preferência à madeira certificada pelo FSC (sistema que estabelece os melhores padrões de manejo florestal); e orientar construtores e empreiteiros a substituir madeiras descartáveis utilizadas em tapumes, formas de concreto e andaimes por alternativas reutilizáveis como o ferro ou chapa de madeira resinada.

O Programa Cidade Amiga da Amazônia já conta com a participação de 36 municípios entre eles capitais como: São Paulo, Porto Alegre, Salvador, Recife, Fortaleza e Manaus. Além do estado de São Paulo, primeiro Estado Amigo da Amazônia.

Notas rápidas

Hoje o Brasil é o 4º maior emissor de gases estufa do mundo e 75% de suas emissões são provenientes do desmatamento e uso do solo, principalmente na região amazônica.

Em janeiro passado, o Ministério do Meio Ambiente admitiu que o índice de desmatamento da Amazônia voltou a crescer nos meses de novembro e dezembro de 2007, de acordo com os dados do sistema DETER, monitorados pelo INPE.

Projeto de lei de autoria do senador Flecha Ribeiro (PSDB-PA) pretende consolidar enormes áreas sem floresta, anistiar desmatadores e reduzir de 80% para 50% a área de reserva legal que deve ser protegida em cada fazenda amazônica.

www.greenpeace.org.br

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Leões e tigres são resgatados de circo


Cinco leões e dois tigres foram recolhidos do Circo Intercontinental pelo Ibama por suspeitas de mal trato. Os animais foram levados para o Jardim Zoológico de Brasília e após passar por tratamento veterinário serão integrados aos demais animais.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

No estado do Pará o desmatamento registrado pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) no mês de novembro de 2007 foi 300% maior do que no mês anter

No estado do Pará o desmatamento registrado pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) no mês de novembro de 2007 foi 300% maior do que no mês anterior, atingindo 484 quilômetros quadrados. No Mato Grosso, no mesmo mês, foram detectados 571 quilômetros quadrados (um aumento de 41%)

No mês de dezembro o estado do Mato Grosso teve o desmatamento reduzido em 96% em relação ao mês anterior. Já o estado do Pará, se comparado ao ano de 2006, teve um aumento de 400%.

O mma inicia campanha para reduzir o consumo de embalagens

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) irá lançar, entre os dias 10 e 15 de março, a campanha Consumo Consciente de Embalagens. O objetivo é diminuir o volume de material descartado, pois as embalagens são responsáveis por um terço do lixo do País. Na ocasião - que coincide com a Semana do Consumidor -, será realizada no Pátio Brasil Shopping, em Brasília, a Exposição de Boas Práticas e Inovações em Embalagens, com distribuição de materiais informativos, e o lançamento de um site sobre consumo consciente de embalagens. Iniciativas de racionalização das embalagens, adoção de materiais reciclados e novas tecnologias serão apresentadas ao consumidor, que será instigado a prestigiar as empresas preocupadas com o meio ambiente e a demandar do mercado que estas soluções e alternativas sejam empregadas em larga escala, para o maior número de produtos possível.

A campanha pretende provocar o olhar crítico do consumidor sobre o que ele consome do dia-a-dia. "A idéia é levar o consumidor a olhar para aquilo que envolve o produto, para que avalie a quantidade de embalagens que está consumindo e decida se, enfim, precisa de todas elas", diz a técnica em consumo sustentável do Departamento de Economia e Meio Ambiente do MMA, Fernanda Daltro. Ela ressalta que é preciso avaliar a embalagem tendo em mente alguns critérios: se é reciclável, se pode ser reutilizada, se é feita de material reciclado, e qual o consumo de energia e matéria prima empregados para fabricá-la, por exemplo. "Para reduzir a quantidade de lixo gerado, é importante que o consumidor dê preferência a produtos com refil, com embalagens retornáveis; que use sacolas retornáveis, por exemplo, e que recuse as de plástico, quando desnecessárias", diz Fernanda. "É preciso entender que o volume de resíduos que geramos aumenta mais rapidamente que a taxa de resíduos reciclados", reitera.

No MMA, a campanha Consumo Consciente de Embalagens envolve, além do DEMA, o Departamento de Ambiente Urbano (DAU) e o Departamento de Qualidade Ambiental na Indústria (DQAM), além de contar com parceiros do governo, da sociedade civil e do setor privado.