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segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Príncipe Charles apresenta plano para salvar florestas tropicais

O príncipe Charles apresentou nesta segunda-feira (4) ao presidente indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono, seu plano para lutar contra o desmatamento e oferecer verbas alternativas aos países que possuem florestas tropicais, como o Brasil e a Indonésia. 

O herdeiro da Coroa britânica explicou que essas verbas devem convencer a países como Brasil, Indonésia ou República Democrática do Congo (RDC, ex-Zaire) a proteger seus recursos florestais. "É necessário que esses países avaliem as ajudas necessárias para seguir desenvolvendo suas economias sem danificar as florestas", disse o Príncipe. Ele afirmou que seu plano necessita do compromisso financeiro dos países desenvolvidos. 

A floresta úmida do Brasil, a bacia do Congo e da Indonésia garantem a retenção da metade das águas de chuva do planeta. Milhões de hectares de árvores desaparecem anualmente na Indonésia e outros países para dar lugar às plantações de palma, com a qual se fabrica azeite de uso comestível, ou para a fabricação de biocombustíveis. 

"O desmatamento é responsável por quase 20% das emissões mundiais de gases de efeito estufa", recordou o presidente Yudhoyono, ao dar seu apoio ao plano do príncipe.

Fonte:

ONG aponta 345 km2 de degradação na Amazônia

O Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia), que faz um monitoramento independente do desmatamento da Amazônia, apresenta pela primeira vez informações sobre degradação florestal. O levantamento do instituto indica que um total de 345 km2 de florestas da Amazônia Legal foi degradado em setembro deste ano. 

Apesar de não se tratar de desmatamento efetivamente (de longe, as pessoas podem até confundir a área com uma floresta intacta), as florestas degradadas são um fenômeno preocupante. Elas estão sujeitas a pegar fogo mais facilmente e são sérias candidatas a serem desmatadas no futuro. 

O Imazon incluiu nessa conta somente florestas que estavam inteiras em agosto de 2008 e que sofreram o efeito da degradação em setembro. Portanto, não existe um dado da degradação acumulada. "Sabemos que cerca de 18% da Amazônia foi desmatada. Mas ninguém sabe o que já foi degradado", disse Beto Veríssimo, coordenador do Projeto Transparência Florestal do Imazon. 

Do total degradado, a maior parte ocorreu no Mato Grosso (43%), seguido por Pará (40%) e Rondônia (14%). No Amazonas e no Acre, a taxa de degradação foi menor do que 1%. 

No caso do desmatamento, o Pará ficou na frente em setembro. Segundo o SAD (Sistema de Alerta do Desmatamento), dos dez municípios da Amazônia Legal que mais desmataram, cinco estão no Pará: Cumaru do Norte, São Félix do Xingu, Altamira, Novo Progresso e Santa Maria das Barreiras. Juntas, somam cerca de 180 km2. Na lista, estão ainda duas cidades do Mato Grosso, duas de Rondônia e uma do Amazonas. 

No mês de setembro, o sistema detectou 348 km2 de desmatamento na Amazônia --uma queda de 69% em relação a setembro do ano passado, quando foi registrado desflorestamento de 1.112,5 km2. 

O que chama a atenção é que no Amazonas, em agosto e setembro, o desmatamento acumulado ultrapassou o de Rondônia. "Apesar de sempre falarem que está tudo sob controle no Amazonas, os dados mostram que o problema vem se agravando na região", afirmou Veríssimo. No período, Amazonas teve 46,3 km2 de desmatamento, contra 38,2 km2 de Rondônia. Nos meses de agosto e setembro de 2007, a situação era bem diferente: Amazonas tinha 55,8 km2, enquanto Rondônia teve 281 km2. 

Segundo Veríssimo, o anúncio do asfaltamento da BR-319 (Porto Velho-Manaus) tem gerado uma corrida especulativa na região e provocado aumento do desmatamento. As nuvens atrapalharam a visualização dos Estados do Amapá e Roraima, além do norte do Pará e de regiões esparsas de Amazonas, Pará e Acre. A área do Maranhão que faz parte da Amazônia Legal não foi analisada.

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Cogumelos podem ser 'aliado contra aquecimento global'

Cogumelos podem se tornar um aliado inesperado na luta contra o aquecimento global, segundo uma pesquisa publicada na revista acadêmica "Global Change Biology". 

Segundo o repórter de meio ambiente da BBC Matt McGrath, havia a expectativa de que à medida que as temperaturas subissem, as florestas do Hemisfério Norte passariam a liberar mais dióxido de carbono, mas a pesquisa realizada por cientistas americanos mostrou o contrário, provavelmente devido à ação dos cogumelos no processo. 

As florestas do Hemisfério Norte agem como um depósito vital de dióxido de carbono, absorvendo cerca de 30% da substância contida no solo da Terra. 

O aquecimento global deve ter um impacto grande em florestas do Alasca, Canadá e Escandinávia, com a expectativa de que as temperaturas subam em até 7º C até 2100. 

Os cientistas acreditavam que um clima mais quente acabasse por fazer com que essas florestas liberassem grande parte do dióxido de carbono que armazenam. 

Em um experimento realizado no Alasca, os pesquisadores aumentaram a temperatura do solo em 1º C e descobriram que a liberação de dióxido de carbono caía pela metade se comparada com o que acontece quando o solo está mais frio. 

Eles acreditam que cogumelos que crescem no solo dessas florestas podem ajudar a desacelerar a liberação do dióxido de carbono. 

Segundo os pesquisadores, os cogumelos secam quando se aquecem e produzem menos CO2. 

Segundo McGrath, os cientistas se disseram surpresos com a descoberta, mas dizem que o fenômeno pode contrabalançar parte do dióxido de carbono sendo liberado na atmosfera. 
Eles acreditam que processos naturais como esse podem ajudar o mundo a ganhar tempo até que políticas efetivas sejam implementadas.

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