Uma grande sombra nuclear paira sobre a reunião desta terça-feira, na Guiana Francesa, entre Lula e Sarkozy, presidente da França. O encontro, que servirá para discutir interesses comuns e uma agenda de cooperação entre os dois países, será acompanhado de perto pela estatal francesa Areva, maior geradora e distribuidora de energia nuclear no mundo atualmente. Ela está de olho na retomada do projeto nuclear brasileiro e, consequentemente, na construção da usina Angra 3.
A estatal francesa herdou o contrato de fornecimento de equipamentos para a Angra 3, avaliado em cerca de R$ 2 bilhões. Em fevereiro de 2007, uma delegação francesa composta por empresários e pela ministra de Comércio Exterior, Christine Lagarde, visitou o complexo nuclear de Angra dos Reis (RJ). A presidente da Areva, Anne Lauvergeon, fazia parte da delegação. Quatro meses depois, o governo brasileiro aprovava a retomada das obras de Angra 3.
É importante lembrar que o contrato herdado pela Areva foi firmado nos tempos da ditadura militar no Brasil e é um documento sem validade. Essa e outras irregularidades no processo de retomada das obras de Angra 3 foram constatadas pelo jurista José Afonso da Silva, que elaborou um parecer e fizeram parte de representação encaminhada pelo deputado federal Edson Duarte, com assessoria técnica do Greenpeace, ao Tribunal de Contas da União (TCU) em novembro passado.
Em função desta representação, o TCU intimou o ministro de Minas e Energia, o presidente da Eletrobrás e o presidente da Eletronuclear a prestarem esclarecimentos.
“No momento em que o aquecimento global e a segurança energética estão no topo da agenda política internacional, o certo seria que os dois países discutissem o aprimoramento tecnológico para aproveitar as abundantes fontes energéticas renováveis do Brasil. É lamentável que a cooperação entre Brasil e França passe pela transferência de uma tecnologia ultrapassada e perigosa como a nuclear, com o desembolso de bilhões de reais pelo governo brasileiro”, afirmou a coordenadora da campanha antinuclear do Greenpeace, Beatriz Carvalho.
“A chamada “renascença” propagada pela indústria nuclear ao redor do mundo esconde grandes interesses comerciais e econômicos. Em termos de geração de energia, a opção nuclear é a mais cara do Brasil. Com apenas 12% dos R$ 7,4 bilhões previstos para Angra 3 seria possível economizar quatro vezes a capacidade da usina, como comprovou o Procel – Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica, que economizou 5.124 MW com o investimento de R$ 850 milhões”, diz Beatriz.
www.greenpeace.org.br
A estatal francesa herdou o contrato de fornecimento de equipamentos para a Angra 3, avaliado em cerca de R$ 2 bilhões. Em fevereiro de 2007, uma delegação francesa composta por empresários e pela ministra de Comércio Exterior, Christine Lagarde, visitou o complexo nuclear de Angra dos Reis (RJ). A presidente da Areva, Anne Lauvergeon, fazia parte da delegação. Quatro meses depois, o governo brasileiro aprovava a retomada das obras de Angra 3.
É importante lembrar que o contrato herdado pela Areva foi firmado nos tempos da ditadura militar no Brasil e é um documento sem validade. Essa e outras irregularidades no processo de retomada das obras de Angra 3 foram constatadas pelo jurista José Afonso da Silva, que elaborou um parecer e fizeram parte de representação encaminhada pelo deputado federal Edson Duarte, com assessoria técnica do Greenpeace, ao Tribunal de Contas da União (TCU) em novembro passado.
Em função desta representação, o TCU intimou o ministro de Minas e Energia, o presidente da Eletrobrás e o presidente da Eletronuclear a prestarem esclarecimentos.
“No momento em que o aquecimento global e a segurança energética estão no topo da agenda política internacional, o certo seria que os dois países discutissem o aprimoramento tecnológico para aproveitar as abundantes fontes energéticas renováveis do Brasil. É lamentável que a cooperação entre Brasil e França passe pela transferência de uma tecnologia ultrapassada e perigosa como a nuclear, com o desembolso de bilhões de reais pelo governo brasileiro”, afirmou a coordenadora da campanha antinuclear do Greenpeace, Beatriz Carvalho.
“A chamada “renascença” propagada pela indústria nuclear ao redor do mundo esconde grandes interesses comerciais e econômicos. Em termos de geração de energia, a opção nuclear é a mais cara do Brasil. Com apenas 12% dos R$ 7,4 bilhões previstos para Angra 3 seria possível economizar quatro vezes a capacidade da usina, como comprovou o Procel – Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica, que economizou 5.124 MW com o investimento de R$ 850 milhões”, diz Beatriz.
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