BRASÍLIA, 09 de Dez.
Por: João Paulo Monteiro
Um grupo de países emergentes vem chamando a atenção na COP 16 por exigirem maior comprometimento dos Estados Unidos para a redução de gases de efeito estufa (GEE).
O chamado BASIC, composto por Brasil, África do Sul, Índia e China e liderado pelo indiano Jairam Ramesh disse não fazer sentido um acordo com com objetivos contrários às mudanças climáticas sem a participação dos EUA, segundo maior emissor de GEE. Já a China, maior emissor mostra boa vontade através do seu representante Xie Zhenhua ao afirmar que ao menos quer reduzir suas emissões em até 45% até o ano de 2020, bem além da meta de comprometimento americana que pode chegar aos 20%.
Já para o Fundo da Amazônia, criado para reduzir o desmatamento, serve como um cala boa aos países emergentes, os primeiros a sofrerem com o desequilíbrio climático provocado por nós.
Segundo a ministra Izabela Teixeira, que está em Cancún, o fundo é diferente, pois primeiro há a redução do desmatamento para então o fundo receber o investimento, contudo se o principal objetivo do projeto é o combate ao desmatamento não teríamos que investi-lo de forma eficaz para obtenção de resultados satisfatórios? E outra: de que adiantaria um fundo estimados na casa dos bilhões de dólares se a meta de redução dos gases de efeito estuda não for cumprida?
A Amazônia é um ecossistema tão dependente dos fatores climáticos como o clima global depende da preservação da Amazônia, mas no caminho que estamos - próximo a quase 500 ppm de CO2equiv, o que acreditem, não é bom - não teremos como salvar clima ou mesmo Amazônia.
O fato é que até o momento, a COP 16 parece que terá um fim como todas as outras. Muito dinheiro gasto, EUA não tomando atitude alguma para a reversão do seu quadro atual e por fim e para os governantes menos importante o clima, que continuará da forma que está. Espere! Que está não, pois a tendência é o colapso.
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