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sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Aumenta o risco de extinção global


Uma das maiores pesquisas já realizadas sobre as condições de reservas naturais protegidas mostra que elas tem sido tão intensamente exploradas que o planeta enfrenta o mais grave risco de extinção global desde o desaparecimento dos dinossauros, há 65 milhões de anos.

Segundo o estudo, as estratégias de conservação falharam frente a pressão causada pelo crescimento populacional e expansão de áreas agrícolas. Cerca da metade das reservas naturais está sendo intensamente usada para a agricultura.
Dez mil pesquisadores de 181 países analisaram as condições de 17 mil reservas naturais. O estudo foi realizado pelas ONGs União Mundial Para a Natureza (IUCN, na sigla em inglês), na Suiça, e Future Harvest, nos EUA.

As áreas estudadas, entre elas a Mata Atlântica brasileira, são consideradas os maiores tesouros naturais do planeta. Os cientistas disseram que encontrar uma forma de atender às necessidades da população e preservar a biodiversidade é um dos maiores desafios do século. "A fome se transformou numa inimiga da vida selvagem", disse a pesquisa. Os pesquisadores descobriram elevados índices de desnutrição da população que vive junto a 16 das 25 grandes áreas mundiais ricas em biodiversidade.

Se o ritmo atual de devastação continuar, 25% das espécies de plantas e animais, e metade das florestas poderão estar extintas ou seriamente ameaçadas em 50 anos. Os cientistas propuseram que a agricultura e a preservação do meio ambiente sejam unidas sob uma só bandeira, a da ecoagricultura. O estudo frisou que proibir invasões de nada adiantará. Muito mais eficácia teria incentivar a agricultura em outras áreas, com a ajuda de novas tecnologias.

A Mata Atlântica, da qual restam cerca de 7%, mereceu destaque. Segundo o estudo, mesmo o protegido mico-leão-dourado não está livre da ameaça da perda de território para a agropecuária.

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