Foco é ganhar a atenção do Senado e barrar pontos polêmicos na nova lei.
Com o objetivo de reforçar o pedido aos senadores para que tenham cuidado ao analisar o projeto do Código Florestal, a campanha “Floresta faz a diferença”, idealizada por 152 organizações ambientais do país e entidades da sociedade civil, lançou uma série de vídeo-depoimentos com atores, jornalistas e especialistas em meio ambiente.
O vídeo foi idealizado pelo cineasta Fernando Meirelles, que pediu a pessoas como Gisele Bündchen, Wagner Moura, Rodrigo Santoro, Fernanda Torres e Rodrigo Santoro para gravarem de forma voluntária depoimentos com declarações contra as mudanças na legislação ambiental do Brasil.
Ao todo são 25 depoimentos, cada um com aproximadamente um minuto, que vai reforçar a campanha do “Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável”, coalizão de entidades contrárias às mudanças na legislação ambiental do país.
Um abaixo-assinado virtual contra a mudança do Código Florestal pode ser preenchido no site www.florestafazadiferenca.com.br. Além do site, o movimento pede a inclusão da hashtag #florestafazadiferenca no Twitter.
De autoria do senador Luiz Henrique (PMDB-SC), o projeto de lei foi aprovado no último dia 21 de setembro na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado, mas o texto ainda passar por outras 3 comissões, antes de ser levado à votação em plenário. A previsão é que isto ocorra na primeira quinzena de novembro.
Cientistas também fazem apeloA Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Associação Brasileira de Ciências apresentaram na última semana sugestões concretas para os senadores que analisam a proposta de alteração do Código Florestal, já aprovada pela Câmara.
As duas entidades elencaram dez pontos que preocupam ou precisam ser levados em conta pelos senadores ao votar a questão. É a segunda contribuição das instituições, que lançaram, em abril, um livro para ajudar na modernização do Código Florestal.
Pela lei atual, não se pode plantar ou ocupar áreas de várzea, encostas inclinadas e topos de morro, consideradas Áreas de Preservação Permanente (APPs). Os cientistas discordam da possibilidade, no texto do novo Código, de regularizar áreas desmatadas até 22 de julho de 2008 - que não precisariam voltar a ter cobertura vegetal.
Além disso, na proposta em análise pelos senadores, os mangues, por exemplo, perdem a proteção. Mas os cientistas defendem que essas áreas - berçários de inúmeras espécies - sejam mantidas como APP.
Fonte: G1.com.br
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