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sábado, 5 de janeiro de 2008

Ecologista aposta em toques de celular para salvar animais em extinção

Centro de Diversidade Biológica quer conscientizar com 'ringtones' gratuitos.Toques de celular ecológicos tiveram mais de 100 mil downloads em um ano, diz diretor.

Depois de um ano oferecendo gratuitamente toques de celular que reproduzem o som de animais em extinção, o Centro de Diversidade Biológica, baseado em Tucson, no Arizona (EUA), planeja ampliar seu catálogo para 2008. Clique aqui para conferir esses toques.

Novos "ringtones" de animais raros devem ser lançados a cada mês, incluindo os sons do elefante africano e do pingüim imperador, disse Peter Galvin, diretor do grupo de conservação.

"Tivemos 100 mil downloads em 150 países", disse Galvin nesta quarta (2) em uma entrevista por telefone. "É muito interessante. Não imaginávamos que seria um sucesso internacional".


Segundo ele, a resposta dos usuários fortalece o movimento mundial para salvar espécies raras e ameaçadas de extinção. O Centro de Diversidade Biológica foi fundado em 1989 e tem cerca de 80 mil integrantes que formam uma rede de proteção ambiental.

Os toques de celular disponíveis no catálogo do site incluem o uivo do lobo cinza mexicano, a baleia beluga do Ártico e dezenas de outros mamíferos, pássaros e répteis. Visitantes do site podem baixar imagens para seu celular e consultar informaões sobre os animais.

Ainda este ano, o site vai ganhar versão em espanhol e mais toques de celular de espécies da América Latina.

Galvin teve a idéia de oferecer os toques de celular gratuitos como maneira de educar as pessoas – especialmente os mais jovens, geração entusiasta da tecnologia. Ele também tentou coletar alguns sons de animais, o que foi uma tarefa difícil, que deve ter continuidade no próximo mês durante viagem a Equador e Peru.

"Na observação de pássaros nem sempre é possível enxergá-los, então gravar o canto deles torna-se ainda mais difícil", diz Galvin.

Apesar do desafio, todos os "ringtones" disponíveis no site foram captados em ambiente selvagem, com exceção de dois ou três. Eles foram coletados por pesquisadores ao redor do mundo, e o centro pretende receber ainda mais gravações.

Ativistas esperam que os toques de celular dêem início a conversas sobre extinção e despertem nas pessoas o interesse no que Galvin chama de "rede interconectada da natureza" e como isso se relaciona com a sobrevivência humana.

"Gosto de pensar na diversidade da natureza como uma sinfonia", ele disse, "e extinção é como se um dos instrumentos da sinfonia ficasse mudo".

www.g1.com.br

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